sábado, abril 28, 2012 0 comentários By: Micheli Gabardo

Exemplar da Carpoteca HUPG



     Laranja baiana(Citrus aurantium), família Rutaceae, coletada em Ponta Grossa, Paraná no ano de 1988, sendo seu coletor Schiezinski, D.
     Segundo o Técnico responsável o biólogo Renoaldo Kaczmarech, a laranja baiana tem seu tamanho aumentado devido a uma possível mutação.




                                               Citrus aurantium, Fonte: HUPG, by Micheli Gabardo.

Referências:
Acervo HUPG- Herbário da Universidade Estadual de Ponta Grossa.http://aulasdebotanica.blogspot.com/p/hupg.html.Agradecimentos à Renoaldo Kaczmarech (biólogo responsável)

MORFOLOGIA DA RAIZ: Raízes Subterrâneas ou Terrestres.

     São raízes que se desenvolvem nas plantas que crescem em solos firmes (Vidal & Vidal, 2007). Entre essas raízes podemos observar dois tipos fundamentais de sistemas radiculares:

Classificação segundo Castro, (2006):

1. Raiz Axial ou Pivotante:
     São caracterizadas pelas dicotiledôneas. Apresenta uma raiz principal, maior e mais desenvolvida, que penetra perpendicularmente no solo e forma muitas raízes secundárias, cada vez mais finas, que crescem em direção oblíqua. Exemplo: feijão e os abacateiros.


2. Raiz Fasciculada ou em Cabeleira:
     São caracterizadas pelas monocotiledôneas, são dotadas de inúmeras raízes adventícias que saem do mesmo ponto, ficando embaraçadas, uma vez que, a raiz primária não tem um desenvolvimento acentuado, ou logo se degenera. Exemplo: milho.


3. Raiz Tuberosa:
     A principal função das raízes tuberosas é o acúmulo de reservas da planta. Exemplo: beterraba, batata-doce. E pode ser classificada em:
- Axial-tuberosa: reservas acumuladas no eixo principal. Exemplo: cenoura. 
- Fasciculado-tuberosa: reservas acumuladas nas raízes secundárias. Exemplo: mandioca.


Fontes:http://www.colegioweb.com.br/biologia/tipos-de-raiz.html
CASTRO, W.S.; LIMA, C.C.A.; SILVA, L.J. Apostila de morfologia externa vegetal. Universidade Federal de Uberlândia – Instituto de Biologia, 2006.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.
sábado, abril 21, 2012 0 comentários By: Lorena Benck

MORFOLOGIA DA RAIZ: Regiões da Raiz.



Classificação de regiões da raiz segundo Castro et.al, 2006:

Coifa:
     A coifa, também denominada caliptra, é um tecido que reveste o ápice vegetativo da raiz, protegendo o meristema apical. Suas células são vivas e estão em contínua divisão. As células mais velhas, situadas na periferia, vão morrendo e se destacando, sendo continuamente substituídas por células novas recém formadas. 

     As espécies aquáticas, geralmente, apresentam coifas bem desenvolvidas para proteger o meristema apical do ataque de microorganismos, abundantes no meio aquático. Exemplo vitória-régia (Victoria amazonica- Nymphaeaceae). 

Zona Lisa ou Zona de Crescimento: 
     Nesta região, imediatamente acima do ápice meristemático, as células recém formadas estão se alongando rapidamente, promovendo assim, o crescimento longitudinal da raiz. Não há pêlos absorventes nessa zona. 

Zona Pilífera ou Zona dos Pêlos Absorventes:
     Esta região é caracterizada pela presença dos pêlos absorventes, também denominados pêlos radiciais ou radiculares. Esses pêlos são prolongamentos das células epidérmicas e têm como função absorver a água e os minerais necessários à vida da planta, aumentando, em muitas vezes, a superfície de absorção das raízes. 

     Os pêlos radiculares têm duração limitada e à medida que novos pêlos vão sendo formados, os mais antigos vão sendo eliminados. No entanto, nem todas as 3espécies apresentam pêlos absorventes como, por exemplo, o aguapé (Eichhornia crassipes - Pontederiaceae). 

Zona Suberosa ou de Ramificação:
     Esta é a região mais velha da raiz, localizada logo acima da zona pilífera, e que pode ser facilmente reconhecida pelo seu aspecto escurecido e rugoso. Após a queda dos pêlos absorventes mais velhos, as células epidérmicas e das camadas subjacentes, suberinizam suas paredes, formando um envoltório protetor para a raiz. Nessa região são formadas as raízes laterais, e por isto, ela é também denominada zona de ramificação. 

Colo ou coleto:
     É a região de transição entre raiz e caule. Nos cortes histológicos essa região pode ser facilmente identificada, devido às modificações observadas na distribuição do xilema e floema que, na raiz primária, estão distribuídos de maneira alternada e, no caule primário, reunidos em feixes ( GEMTCHUJNICOV, 1976).

Fontes:
CASTRO, W.S.; LIMA, C.C.A.; SILVA, L.J. Apostila de morfologia externa vegetal. Universidade Federal de Uberlândia – Instituto de Biologia, 2006. 
GEMTCHUJNICOV, I. D.; Manual de taxonomia vegetal. Editora: Agronomica Ceres, São Paulo – 1976; 368 p.
http://docentes.esa.ipcb.pt/lab.biologia/disciplinas/botanica/Anatomia.html
sexta-feira, abril 20, 2012 0 comentários By: Micheli Gabardo

Rede Brasileira de Herbários


     A Rede Brasileira de Herbários (RBH) foi formada a partir da "Comissão de Herbários" da Sociedade Botânica do Brasil (SBB), é composta por um catálogo que apresenta dados sobre os acervos dos herbários nacionais, através de um banco desenvolvido pela Dra. Hilda Maria Longhi-Wagner com o auxílio do centro de Processamento de Dados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CPD/UFRG), e com informações disponibilizadas pelo Dr. Vinicius de Castro Souza (USP), na época coordenador da Comissão de Herbários.

     Nos últimos dez anos, o catálogo dos herbários da RBH foi hospedado e mantido na página eletrônica Taxonomia Vegetal (www.ufrgs.br/taxonomia) desenvolvida pela Dra. Hilda Maria Longhi-Wagner.

     A SBB agradece a hospedagem e perfeito funcionamento deste catálogo da RBH, bem como o apoio da Dra. Hilda a todas as indicações para o seu aperfeiçoamento.

     A RBH tem como missão articular e fomentar o desenvolvimento dos herbários brasileiros e suas coleções associadas e auxiliares.

     O principal objetivo dessa rede é ampliar a divulgação dos dados sobre os herbários e informar também sobre outras atividades da própria RBH.

     Pode-se visitar o catálogo da RBH, no qual consta cerca de 211 herbários cadastrados, como podemos mostrar no exemplo da imagem abaixo.







Referências

SBB- Sociedade Botânica do Brasil disponível em: http://www.botanica.org.br/conteudo.php?id=40Acesso em:18/04/2012.
terça-feira, abril 17, 2012 0 comentários By: Lorena Benck
domingo, abril 15, 2012 0 comentários By: Micheli Gabardo

17 de Abril - Dia Nacional da Botânica


No dia 17 de abril é comemorado o Dia Nacional da Botânica.

A data foi instituída pelo Decreto de Lei nº 1.147, de 24 de maio de 1994, em homenagem às comemorações dos 200 anos do nascimento do naturalista alemão Carl Friedrich Philipp von Martius.

Martius (1794-1868), um dos naturalistas mais famosos do século XIX, chegou ao Brasil em 1817 na comitiva da imperatriz Leopoldina, mulher de Dom Pedro I, e após três anos de expedições pelo Brasil coletou milhares de espécies da flora brasileira, as quais posteriormente foram catalogadas e descritas na Obra Flora brasiliensis, produzida na Alemanha entre 1840 e 1906, pelos editores Carl Friedrich Philipp von Martius, August Wilhelm Eichler e Ignatz Urban, com a participação de 65 especialistas de vários países.

Pela passagem da data, a Sociedade Botânica do Brasil congratula a todos os mestres e discípulos botânicos que, assim como Martius, dedicaram e continuam dedicando a vida à nossa Scientia Amabilis, especialmente para o conhecimento da flora brasileira.

Veja a homenagem acessando o link: http://www.botanica.org.br/arquivos/botanica.swf


Referências

SBB-Sociedade Botânica do Brasil-disponível em: http://www.botanica.org.br/go_news.php?id=63, acesso em 10/04/2012.
sábado, abril 14, 2012 0 comentários By: Anônimo

Homenagem a Professora Graziela Barroso



SBB
Prezado(a) Blogueiro:
Entre os renomados botânicos que contribuíram para o desenvolvimento da Ciência Botânica no Brasil durante o século XX, figura Graziela Maciel Barroso.
Graziela nasceu em Corumbá, em 11 de abril de 1912, em uma família bastante numerosa. Segundo suas narrativas, a casa onde morava ficava à beira do rio Cuiabá: “Era um luar branco como nunca vi, um luar de prata. Jamais vou me esquecer daquelas noites, do gemido dos carros e da violinha do violeiro”.
Veja a homenagem completa a Graziela Barroso acessando o link abaixo:






MORFOLOGIA DA RAIZ.

Origem:
     No interior da semente há uma planta em miniatura – o embrião – que consiste do eixo hipocótilo-radicular. Na porção inferior está a radícula, o primórdio do sistema radicular quase apresentam como um conjunto de células meristemáticas indiferenciadas, já revestida pela coifa, que é um tecido de proteção (CASTRO, et. al., 2006). 

     Após a germinação da semente a radícula se distende por alongamento e divisão de suas células, formando a raiz primária.

Funções:
     A raiz é o órgão da planta que geralmente cresce dentro do solo fixando a planta, bem como, absorvendo a água e os sais minerais em solução. As raízes podem ainda, realizar funções especiais, tais como armazenamento de reservas nutritivas e aeração, divergindo dos tipos mais comuns (SOUZA, 2003). 

Características Gerais:
     Segundo Vidal & Vidal (2006), as raízes são caracterizadas como órgãos cilíndricos, subterrâneos e aclorofilados que apresentam geotropismo positivo e fototropismo negativo. Suas ramificações originam-se internamente (endógenas) e estão distribuídas irregularmente em toda a sua extensão. 

     Externamente, a raiz distingue-se do caule por não apresentar nós e internós, nem gemas laterais ou folhas, salvo poucas exceções como, por exemplo, as raízes gemíferas (raízes subterrâneas superficiais que apresentam gemas, capazes de regenerar a parte aérea).


Fontes:
CASTRO, W.S.; LIMA, C.C.A.; SILVA, L.J. Apostila de morfologia externa vegetal. Universidade Federal de Uberlândia – Instituto de Biologia, 2006.
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.
terça-feira, abril 10, 2012 0 comentários By: Micheli Gabardo

Laminoteca



     Atualmente tem sido cada vez mais importantes métodos e práticas que tenham como objetivo preservar a biodiversidade do planeta.

     As laminotecas são coleções de lâminas histológicas permanentes, são uma ótima forma de estudar aspectos microscópicos dos seres vivos e conservar estruturas para futuros estudos biológicos.

     O herbário HUPG conta com uma pequena quantidade ainda de lâminas permanentes, sendo estas na maioria das vezes de grãos de pólen as quais podem ainda integrar outra coleção (palinoteca: coleção de grãos de pólen), as quais são usadas em aulas praticas com os alunos da instituição.



Fonte: HUPG, by Micheli Gabardo.


Referências

Herbário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HUPG).
Agradecimentos ao Técnico Responsável: Biólogo Renoaldo Kaczmarech.

sábado, abril 07, 2012 0 comentários By: Lorena Benck

Disseminação ou Dispersão de Frutos

     A flora nativa há milhares de anos interagindo com o ambiente, passou por diversos tipos de evoluções e processos de seleção natural gerando espécies adaptadas a diversos ecossistemas terrestres (Saravy et. al., 2003). 

     A evolução dos frutos é caracterizada como um destes processos (Haven et al., 2001), pois é um aspecto fundamental das irradiações evolutivas das angiospermas, que ocorreram devido à adaptação ao seu agente dispersor. De acordo com Ricklefs (1996), o tipo e espécie de dispersor dependem do tamanho, da estrutura e da cor do fruto e sua posição na árvore.

     Encontramos frutos com espinhos, ganchos e outras excrescências que facilmente aderem aos corpos dos animais ou apresentam-se plumosos ou leves, o que vem, então, facilitar o seu transporte, em virtude do vento (Vidal & Vidal, 2007). 

     Segundo Souza (2003), os frutos podem ser disseminados ou dispersos naturalmente, assegurando, dessa forma, que as plantas ocupem locais diferentes do ambiente da planta-mãe. A disseminação de frutos pode ser feita por agentes bióticos (animais) ou abióticos (vento e água). De acordo com esses agentes, podem ser distinguidos vários tipos de disseminação ou dispersão: 

1) DISSEMINAÇÃO ZOÓCORA: a disseminação é feita por animais, sob várias formas: 

   Epizoócora (epi = acima, na superficie) - quando os frutos são dispersos aderidos ao corpo do animal; neste caso, eles desenvolvem estruturas como tricomas ou emergências, que secretam substância pegajosa, ou têm formato de ganchos ou espinhos. São exemplos os frutos de Bidens pilosa (picão-preto), Acanthospermum hispidum (carrapicho-de-carneiro), etc; 

   Endozoócora (endo = dentro) - quando os frutos são ingeridos por animais, atravessam seu sistema digestório e são eliminados nas suas fezes, sem alteração do poder germinativo das sementes. Os frutos múltiplos de espécies de Fícus (figueiras) são comidos por morcegos ou pássaros, que depositam os frutéolos nos troncos de outras plantas, onde eles germinam. 

   Diszoócora - quando os frutos são procurados por pássaros ou formigas, como alimento, e alguns não são destruídos por esses animais, podendo vir a germinar. Incluem-se aqui as cariopses das espécies de Gramineae transportadas e logo abandonadas.

Foto tirada por Roney Rodrigues.

2) DISSEMINAÇÃO ANEMÓCORA: 

A disseminação dos frutos é feita pelo vento. Os frutos assim dispersos possuem estruturas aliformes (asa ou ala), que aumentam sua superfície e facilitam sua disseminação. Os frutos de Asteraceae apresentam o cálice persistente da flor (pappus), que facilita sua dispersão. São exemplos os frutos de Gallesia integrifólia (pau-d’alho), Balfourodendron riedelianum (pau-marfim), etc.


3) DISSEMINACÃO HIDRÓCORA: 

A disseminação dos frutos é feita pela água. É comum nos frutos dispersos pela água o desenvolvimento de tecido aerífero, que diminui o peso especifico, permitindo sua flutuação. Registra-se disseminação hidrócora para Inga uruguensis (ingá ou ingá-banana), uma espécie que ocorre predominantemente nas margens de rios. O ar acumulado no parênquima frouxo do mesocarpo e entre os pêlos unicelulares longos da testada semente (polpa) deve facilitar a flutuação desse fruto na água. 
Fontes:
HAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p.522-527.
RICKLEFS. R.E. A Economia da Natureza. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. p.274–275.
SARAVY, F. P.; FREITAS, P. J.; LAGE, M. A.; LEITE, S. J.; BRAGA, L. F.; SOUSA, M.P. Síndrome de dispersão em estratos arbóreos em um fragmento de floresta ombrófila aberta e densa em alta floresta. Revista do Programa de Ciências Agro-Ambientais, 2003. p. 12.
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.