Esta postagem foi apresentada como trabalho de pesquisa de alunos da 1a. série do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UEPG- turma 2012 para a disciplina MORFOANATOMIA VEGETAL (303113).
Os plasmodesmos são importantes vias de comunicação célula a célula, formados por estreitos filamentos de citoplasma que interligam os protoplastos de células vegetais contíguas, ou seja uma célula do lado da outra.
Depois que os protoplastos e os plasmodesmos do corpo de uma planta vegetal estão intimamente interligados, eles constituem um contínuo denominado simplasto. Sendo assim, o transporte de substâncias de célula para célula por meio de plasmodesmos é chamado de transporte simplástico.
Os plasmodesmos podem ser formados durante a citocinese, devido aos pedaços de retículo endoplasmático tubular que ficam presos na placa celular em formação, também pode haver formação depois da divisão celular, em paredes celulares já existentes. Os formados durante a citocinese são chamados de plasmodesmos primários, e os formados depois, de plasmodesmos secundários. Esses últimos são essenciais para a ligação de células que não foram derivadas da mesma célula-mãe (meristemática incial).
O retículo endoplasmático de uma célula se interliga com a adjacente por meio de desmotúbulos, que são filamentos tubulosos que atravessam os plasmodesmos.
O limite de exclusão do poro do plasmodesmo permite o livre movimento de solutos pequenos, como açúcares, aminoáciods e moléculas sinalizadoras. Já a magnitude de corrente elétrica que passa de uma célula para outra varia com a frequência ou a densidade dos plasmodesmos e com a quantidade de células entre o ponto de início do impulso de corrente elérica e onde ele foi receptado, indicando assim que os plasmodesmos podem funcionar como uma via de sinalização elétrica entre células vegetais.
Esse esquema representa de uma maneira didática de plasmodesmos em formação a partir do retículo endoplasmático
São estruturas dinâmicas também , capazes de controlar, em vários graus, os movimentos intercelulares de pequenas moléculas. Alguns plasmodesmos podem transportar moléculas grandes, como proteínas e ácidos nucleicos, por meio de transporte ativos (dependente de energia), desempenhando assim um papel importante no crescimento e desenvolvimento da planta.
Essa imagem é uma elétromicrografia que mostra corretamente a presença dos plasmodesmos na parece celular
Um fato interessante sobre essas estruturas mostra que os vírus se movem de célula a célula dentro da planta, via plasmodesmos.
Como a parede celular forma uma barreira contra a entrada de vírus, muitos dele precisam de insetos vetores para serem introduzidos dentro das células vegetais. Alguns desses microorganismos permanecem inicialmente confinados às células infectadas, denominando assim uma infecção sistêmica.
O movimentos do vírus se dão em duas etapas:
1ª. Célula à célula (curta distância), movendo-se entre células parenquimáticas.
2ª. Por meio de elementos condutores ou tubos crivados do floenia (longa distânicia).
O movimentos célula à célula dos vírus ocorre através dos plasmodesmos, contudo como o tamanho efetivo dos poros é muito pequeno, permitindo a livre passagem de pequenas moléculas, os vírus codificam proteínas de movimento, que promovem o aumento do tamanho do limite de exclusão dos plamodesmos, facilitando assim a passagem dos vírus.
Esse movimento entre células, via plasmodesmos, é um processo muito lento. Em uma folha, por exemplo, o vírus se move, por dia, aproximadamente um milímetro, isso quer dizer aproximadamente 8 ou 10 células de parênquima. O movimento dos vírus acelera quando chega ao floema, chegando a 1 centímetro por dia. Uma vez no floema esses microorganismos se movem para regiões de crescimento (os ápices caulinares e radiculares) e órgãos de reserva, como rizomas e tubérculos, onde entram novamente em células do parênquima adjacente ao floema.
Os vírus que dependem do floema para o sucesso da extensão da doença, como o do amarelecimento da beterraba, são injetados pelos vetores diretamente no floema.
Essa imagem mostra as consequências do Amarelecimento da Beterraba
1. Referências virtuais
1. Imagem dos efeitos do vírus do amarelecimento da beterraba, disponível em:
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/11786/virus%20da%20beterraba.jpg?sequence=1 (acessado em: 13.04.2012 – 12:10)
2. Imagem eletrônica dos plamodesmos, disponível em:
http://web.educastur.princast.es/proyectos/biogeo_ov/2BCH/B2_CELULA/t24_SIS_MEMB/diapositivas/Diapositiva39.JPG (acessado em: 13.04.2012 – 12:00)
3.Hipertextos del Área de la Biología, disponível em: http://www.biologia.edu.ar/cel_euca/la_membrana_celular.htm ( acessado em: 13.04.2012 – 12:19)
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Referências impressas
1. SOUZA, Luiz Antonio de, Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântula. 1. ed. Rev. Amp. Luiz Antonio de Souza; ilustrações Rosa Maciel da Rosa. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2009.
2.RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E., Biologia Vegetal. Rio de