Quando uma semente, logo que se desprende da planta-mãe, está apta e não apresenta nenhuma restrição intrínseca ou extrínseca à germinação é classificada como sendo uma semente quiescente, mas quando encontra alguma barreira a esta germinação, mesmo em condições favoráveis, são consideradas dormentes e podem necessitar de algum tratamento especial para germinar.
Para Bewley & Black (1994), a dormência é um fenômeno intrínseco da semente, funcionando como mecanismo natural de resistência a fatores adversos do meio, podendo manifestar-se de três formas: dormência imposta pelo tegumento, dormência embrionária e dormência devido ao desequilíbrio entre substâncias promotoras e inibidoras da germinação.
Na natureza é um recurso usado pelas plantas produtoras de sementes para perpetuação de suas espécies, já que o fenômeno da dormência impede que todas as sementes germinem na mesma época, aumentando sua chance de sobrevivência e diminuindo o risco de extinção da espécie (Carvalho & Nakagawa, 1983).
Segundo Kerbauy (2004), a dormência é geralmente classificada como:
1) Primária ou inata: quando já se encontra instalada na semente ao final da maturação, ainda na planta-mãe;
2) Secundária ou induzida: quando ocorre em sementes maduras, instalando-se após o desligamento da semente da planta-mãe. Surge quando a semente encontra uma situação de estresse ambiental, como, por exemplo, baixos níveis de oxigênio, temperaturas extremas, baixos potenciais hídricos, teores elevados de CO2 ou luz rica em vermelho extremo. Assim, uma semente quiescente pode se tomar dormente, e vice-versa, dependendo, respectivamente, de fatores ambientais de indução e "quebra" de dormência.
E, existem os seguintes tipos de dormência (Kerbauy, 2004):
1) Embrionária ou endógena: quando os fatores de restrição da germinação estão associados ao próprio embrião, podendo envolver desde o desenvolvimento incompleto (dormência morfológica) ou a presença de inibidores, como o ABA e a cumarina (dormência fisiológica);
2) Extra-embrionária ou exógena: quando associada aos tecidos adjacentes ao embrião ou à semente (endosperma, tegumento, endocarpo, pericarpo, brácteas etc.), envolvendo diversos mecanismos, tais como impermeabilidade (dormência física), inibidores (dormência química) ou restrição mecânica (dormência mecânica).
Para se quebrar a dormência, a semente deve sofrer a ação de um fator ambiental e/ou metabólico (fatores externos e internos), Souza (2009) apresenta alguns métodos de superação de dormência apresentados a seguir:
1) Agentes mecânicos: consiste da remoção total ou parcial do revestimento protetor, para facilitar a entrada de água (embebição), trocas gasosas, entrada de luz, à saída de inibidores endógenos ou, impedir o fornecimento de inibidores para o embrião. Feito através da impactação, escarificação mecânica e escarificação química.
2) Temperatura: quebra da dormência através da exposição a baixas e altas temperaturas, este efeito é chamado de estratificação.
3) Lixiviação: compreende o efeito físico da água como agente de lavagem (lixiviação) de inibidores de crescimento presentes nas sementes, permitindo a remoção da dormência.
4) Luz: alguns comprimentos de ondas da luz produzem efeitos na germinação de algumas sementes. A luz é absorvida por um pigmento denominado fitocromo, que, dependendo do comprimento de onda da luz que ele absorve converte-se em duas formas, fitocromo vermelho (Fv) sendo a forma inativa, e fitocromo vermelho extremo (Fve) a forma ativa que induz a germinação na maior parte das sementes. Sementes fotoblásticas positivas, na presença de comprimento de onda de 660 nanômetros convertem Fv à Fve e a germinação ocorre na presença de luz. Quando da conversão de Fve à Fv no comprimento de onda de 730 nanômetros, a germinação ocorre no escuro e a semente é denominada fotoblástica negativa.
5) Agentes químicos e reguladores de crescimento: utilização de agentes químicos como, ácidos para romper a testa ou tegumento duro da semente, ou ainda, hipoclorito de sódio, ácido nítrico, nitrato de potássio, etanol e água oxigenada. E como reguladores de crescimento as giberelinas, citocininas e o etileno são os mais relacionados à quebra de dormência.
1) Primária ou inata: quando já se encontra instalada na semente ao final da maturação, ainda na planta-mãe;
2) Secundária ou induzida: quando ocorre em sementes maduras, instalando-se após o desligamento da semente da planta-mãe. Surge quando a semente encontra uma situação de estresse ambiental, como, por exemplo, baixos níveis de oxigênio, temperaturas extremas, baixos potenciais hídricos, teores elevados de CO2 ou luz rica em vermelho extremo. Assim, uma semente quiescente pode se tomar dormente, e vice-versa, dependendo, respectivamente, de fatores ambientais de indução e "quebra" de dormência.
E, existem os seguintes tipos de dormência (Kerbauy, 2004):
1) Embrionária ou endógena: quando os fatores de restrição da germinação estão associados ao próprio embrião, podendo envolver desde o desenvolvimento incompleto (dormência morfológica) ou a presença de inibidores, como o ABA e a cumarina (dormência fisiológica);
2) Extra-embrionária ou exógena: quando associada aos tecidos adjacentes ao embrião ou à semente (endosperma, tegumento, endocarpo, pericarpo, brácteas etc.), envolvendo diversos mecanismos, tais como impermeabilidade (dormência física), inibidores (dormência química) ou restrição mecânica (dormência mecânica).
Para se quebrar a dormência, a semente deve sofrer a ação de um fator ambiental e/ou metabólico (fatores externos e internos), Souza (2009) apresenta alguns métodos de superação de dormência apresentados a seguir:
1) Agentes mecânicos: consiste da remoção total ou parcial do revestimento protetor, para facilitar a entrada de água (embebição), trocas gasosas, entrada de luz, à saída de inibidores endógenos ou, impedir o fornecimento de inibidores para o embrião. Feito através da impactação, escarificação mecânica e escarificação química.
2) Temperatura: quebra da dormência através da exposição a baixas e altas temperaturas, este efeito é chamado de estratificação.
3) Lixiviação: compreende o efeito físico da água como agente de lavagem (lixiviação) de inibidores de crescimento presentes nas sementes, permitindo a remoção da dormência.
4) Luz: alguns comprimentos de ondas da luz produzem efeitos na germinação de algumas sementes. A luz é absorvida por um pigmento denominado fitocromo, que, dependendo do comprimento de onda da luz que ele absorve converte-se em duas formas, fitocromo vermelho (Fv) sendo a forma inativa, e fitocromo vermelho extremo (Fve) a forma ativa que induz a germinação na maior parte das sementes. Sementes fotoblásticas positivas, na presença de comprimento de onda de 660 nanômetros convertem Fv à Fve e a germinação ocorre na presença de luz. Quando da conversão de Fve à Fv no comprimento de onda de 730 nanômetros, a germinação ocorre no escuro e a semente é denominada fotoblástica negativa.
5) Agentes químicos e reguladores de crescimento: utilização de agentes químicos como, ácidos para romper a testa ou tegumento duro da semente, ou ainda, hipoclorito de sódio, ácido nítrico, nitrato de potássio, etanol e água oxigenada. E como reguladores de crescimento as giberelinas, citocininas e o etileno são os mais relacionados à quebra de dormência.
Fontes:
BEWLEY, J. D.; BLACK, M. Seeds: physiology of development and germination. 2. ed. New York: Plenum, 1994. 445 p.
CARVALHO, N. M. & NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. Campinas, Fundação Cargill, 1983, 429p.
KERBAUY, G. B. Fisiologia Vegetal. São Paulo, Ed. Guanabara Koogan, 2004. 439p.
SOUZA, L. A. Sementes e Plântulas – germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa, Ed. TODAPALAVRA, 2009. 280 p.il.