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sábado, dezembro 24, 2011 0 comentários By: Lorena Benck

Dormência em Sementes

     Quando uma semente, logo que se desprende da planta-mãe, está apta e não apresenta nenhuma restrição intrínseca ou extrínseca à germinação é classificada como sendo uma semente quiescente, mas quando encontra alguma barreira a esta germinação, mesmo em condições favoráveis, são consideradas dormentes e podem necessitar de algum tratamento especial para germinar. 

     Para Bewley & Black (1994), a dormência é um fenômeno intrínseco da semente, funcionando como mecanismo natural de resistência a fatores adversos do meio, podendo manifestar-se de três formas: dormência imposta pelo tegumento, dormência embrionária e dormência devido ao desequilíbrio entre substâncias promotoras e inibidoras da germinação.

     Na natureza é um recurso usado pelas plantas produtoras de sementes para perpetuação de suas espécies, já que o fenômeno da dormência impede que todas as sementes germinem na mesma época, aumentando sua chance de sobrevivência e diminuindo o risco de extinção da espécie (Carvalho & Nakagawa, 1983). 

     Segundo Kerbauy (2004), a dormência é geralmente classificada como:


1) Primária ou inata: quando já se encontra instalada na semente ao final da maturação, ainda na planta-mãe;


2) Secundária ou induzida: quando ocorre em sementes maduras, instalando-se após o desligamento da semente da planta-mãe. Surge quando a semente encontra uma situação de estresse ambiental, como, por exemplo, baixos níveis de oxigênio, temperaturas extremas, baixos potenciais hídricos, teores elevados de CO2 ou luz rica em vermelho extremo. Assim, uma semente quiescente pode se tomar dormente, e vice-versa, dependendo, respectivamente, de fatores ambientais de indução e "quebra" de dormência.

     E, existem os seguintes tipos de dormência (Kerbauy, 2004):


1) Embrionária ou endógena: quando os fatores de restrição da germinação estão associados ao próprio embrião, podendo envolver desde o desenvolvimento incompleto (dormência morfológica) ou a presença de inibidores, como o ABA e a cumarina (dormência fisiológica);


2) Extra-embrionária ou exógena: quando associada aos tecidos adjacentes ao embrião ou à semente (endosperma, tegumento, endocarpo, pericarpo, brácteas etc.), envolvendo diversos mecanismos, tais como impermeabilidade (dormência física), inibidores (dormência química) ou restrição mecânica (dormência mecânica).

     Para se quebrar a dormência, a semente deve sofrer a ação de um fator ambiental e/ou metabólico (fatores externos e internos), Souza (2009) apresenta alguns métodos de superação de dormência apresentados a seguir:


1) Agentes mecânicos: consiste da remoção total ou parcial do revestimento protetor, para facilitar a entrada de água (embebição), trocas gasosas, entrada de luz, à saída de inibidores endógenos ou, impedir o fornecimento de inibidores para o embrião. Feito através da impactação, escarificação mecânica e escarificação química.


2) Temperatura: quebra da dormência através da exposição a baixas e altas temperaturas, este efeito é chamado de estratificação.


3) Lixiviação: compreende o efeito físico da água como agente de lavagem (lixiviação) de inibidores de crescimento presentes nas sementes, permitindo a remoção da dormência.


4) Luz: alguns comprimentos de ondas da luz produzem efeitos na germinação de algumas sementes. A luz é absorvida por um pigmento denominado fitocromo, que, dependendo do comprimento de onda da luz que ele absorve converte-se em duas formas, fitocromo vermelho (Fv) sendo a forma inativa, e fitocromo vermelho extremo (Fve) a forma ativa que induz a germinação na maior parte das sementes. Sementes fotoblásticas positivas, na presença de comprimento de onda de 660 nanômetros convertem Fv à Fve e a germinação ocorre na presença de luz. Quando da conversão de Fve à Fv no comprimento de onda de 730 nanômetros, a germinação ocorre no escuro e a semente é denominada fotoblástica negativa.


5) Agentes químicos e reguladores de crescimento: utilização de agentes químicos como, ácidos para romper a testa ou tegumento duro da semente, ou ainda, hipoclorito de sódio, ácido nítrico, nitrato de potássio, etanol e água oxigenada. E como reguladores de crescimento as giberelinas, citocininas e o etileno são os mais relacionados à quebra de dormência.

Fontes:
BEWLEY, J. D.; BLACK, M. Seeds: physiology of development and germination. 2. ed. New York: Plenum, 1994. 445 p.

CARVALHO, N. M. & NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. Campinas, Fundação Cargill, 1983, 429p.

KERBAUY, G. B. Fisiologia Vegetal. São Paulo, Ed. Guanabara Koogan, 2004. 439p.

SOUZA, L. A. Sementes e Plântulas – germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa, Ed. TODAPALAVRA, 2009. 280 p.il.
sábado, dezembro 17, 2011 0 comentários By: Lorena Benck

Germinação de Sementes

     Font Quer, (1953) define como sendo um conjunto de fenômenos relativos a uma plântula apta à germinação e saída do interior da semente. 

    Em ambientes favoráveis, como na presença de água, o metabolismo na semente, que se encontrava baixo apenas para manter o embrião vivo, aumenta e as reservas começam a ser consumidas, iniciando-se o desenvolvimento das plântulas (Souza, 2009). 

     Segundo Bewley e Black (1994) e Castro et al. (2004), a germinação é um processo composto por três fases que consistem da embebição (fase I), ativação dos processos metabólicos requeridos para o crescimento do embrião (fase II) e iniciação do crescimento do embrião (fase III). 

     Com a retomada da atividade metabólica da semente, o tegumento da semente não acompanha seu aumento do volume interno, rompe-se e então o embrião pode crescer. Geralmente a primeira parte a sair é a raiz primária (formada a partir da radícula), que penetra no solo por geotropismo positivo, e ramifica-se para formar o sistema radicular da nova planta. No extremo oposto à raiz, outro eixo se desenvolve, geralmente com geotropismo negativo, originando o caule e as folhas. 

     A duração de cada fase da germinação depende de propriedades inerentes à semente, como a permeabilidade do tegumento, composição química e tamanho das sementes e, também das condições durante a embebição, como temperatura, composição do substrato e presença de reguladores vegetais (Carvalho e Nakagawa, 2000). 

     De acordo com Souza (2009), existem dois tipos de germinação: 

1) EPÍGEA: é o tipo de germinação em que a semente é carregada para cima do solo pelo hipocótilo, como ocorre em sementes de feijão. A plúmula emerge do solo, envolta pelos cotilédones, que a protegem de lesões e atuam como fonte nutricional e de carbono para o crescimento e manutenção da plântula. Os cotilédones expostos tornam-se clorofilados, o que permite a realização da fotossíntese. 

2) HIPÓGEA: os cotilédones permanecem abaixo da superfície do solo onde somente o epicótilo se alonga. Com a emergência da parte aérea, o epicótilo se dobra e, à medida que a plúmula cresce, ela é levada para a superfície do solo, como se verifica nas sementes de milho. As reservas presentes nos cotilédones são utilizadas pela plântula até serem esgotadas, e o restante do diásporo se decompõe com o tempo.


Fontes:
Bewley, J. D.; Black, M. 1994. Seeds: Physiology of development and germination. Plenum Press, New York, USA, 445pp.

Castro, R. D.; Bradford, K. J.; Hilhorst, H. W. M. 2004. Embebição e reativação do metabolismo. In: Ferreira, A. G. & Borghetti, F. (eds). Germinação: do básico ao aplicado. Artmed, Porto Alegre, Brasil, p.149-162.

Carvalho, N. M.; Nakagawa, J. 2000. Sementes: Ciência, tecnologia e produção. FUNEP, Jaboticabal, Brasil, 588pp.

FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Ed. Labor, 1953. 1244p. il.

http://www.cientic.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=109%3Adiapositivos-de-germinacao-nas-plantas&catid=24%3Aregulacao-nos-seres-vivos&Itemid=95 
SOUZA, L. A. Sementes e Plântulas – germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa: Editora TODAPALAVRA, 2009. 279p.il.
sábado, dezembro 10, 2011 3 comentários By: Lorena Benck

Disseminação de Sementes

     Segundo Font Quer (1953), disseminação ou dispersão refere-se à ação da distribuição no solo de sementes, esporos, etc, de determinada espécie vegetal.

     Chama-se disseminação ou dispersão ao conjunto dos processos que possibilitam a fixação de indivíduos de uma espécie num local diferente daquele onde viviam os seus progenitores. Estes processos permitem que a espécie continue a aumentar a sua abundância sem estar dependente dos recursos existentes na sua área e determinam a biogeografia do mundo.

     O processo de dispersão de sementes é fundamental na regeneração de áreas desmatadas, pois através dele sementes de plantas pioneiras podem chegar a clareiras e demais áreas abertas em florestas, dando início ao processo de sucessão ecológica.

     De acordo com Vidal & Vidal (2007), existem os seguintes tipos de disseminação de sementes:

1) Antropocoria: quando é feita pelo homem, acidental ou espontaneamente.

2) Zoocoria: quando feita com auxílio dos animais. 
Caracteres: frutos e sementes com pelos e espinhos que aderem ao corpo dos animais. Ex.: carrapicho, picão e carrapicho-de-carneiro. Outras vezes, são ingeridas por aves, macacos e outros animais, sendo as sementes disseminadas junto com as fezes. Ex.: erva-de-passarinho.

3) Anemocoria: quando feita com auxílio do vento. 
Caracteres: sementes e frutos leves ou minúsculos. Ex.: sementes de orquídeas. Outras podem ter expansões aliformes: pente-de-macaco, ou pêlos com aspecto de pára-quedas: paineira, oficial-de-sala e língua-de-vaca.

4) Hidrocoria: quando feita com auxílio da água. 
Caracteres: sementes e frutos com cutícula impermeável. Ex.: coco. É comum apresentarem flutuadores especiais, como tecido esponjoso ou sacos aeríferos. Ex.: Hernandia guianensis (ventosa) e pinheirinho-d’água.

5) Autocoria: quando feita pelo próprio vegetal. 
Caracteres: frutos que se abrem com grande pressão, lançando as sementes à distância. Ex.: beijo-de-frade.

6) Barocoria: quando feita pela ação da gravidade.
Caracteres: sementes ou frutos pesados. Ex.: abacate.

7) Geocarpia: quando os pedúnculos, após a fecundação, enterram no solo os próprios frutos, onde amadurecem. Ex.: amendoim.


Fontes:
FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Ed. Labor, 1953. 1244p. il.

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24831
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/artigos/dispersao_de_sementes_e_a_fertilizacao_das_florestas.html?query=dispersao+de+sementes
sábado, dezembro 03, 2011 0 comentários By: Lorena Benck

Estrutura da Semente Madura: EMBRIÃO.

     O zigoto esporófito (2n), resultante da fusão da célula espermática e a oosfera, inicia o processo de divisão celular para formar o proembrião e o embrião. A fase de proembrião estende-se desde a primeira divisão do zigoto ate o inicio da formação do(s) primórdio(s) cotiledonar(es), (Souza,2009). A próxima fase é denominada fase embrionária, terminando com a formação do embrião da semente madura.

     O embrião é a parte principal da semente e é responsável pela origem de um novo vegetal quando há germinação da semente, podendo apresentar formato variável sendo: reto, curvo, globoso, arredondado, entre outros.

     Algumas espécies podem apresentar poliembrionia, fenômeno em virtude da qual se forma mais de um embrião (Font Quer, 1953). Segundo Perreira (1925), estes embriões originam-se de vários óvulos fecundados simultaneamente ou são resultados de multiplicações celulares localizadas produzidas depois da fecundação – são embriões adventícios situados nas proximidades do saco embrionário e formados às custas de grupos nucelares com o caráter de rebentos.

      O embrião é formado por folhas ligadas ao eixo embrionário, denominadas cotilédones. Essas folhas podem ser espessas, com função de reserva, ou delgadas, com função fotossintetizante com diferentes formatos, como: cordiforme, oblongo, lanceolado, ovado ou outros (Souza, 2003). De acordo com Vidal & Vidal (2007), embriões com dois cotilédones caracterizam o grupo de plantas dicotiledôneas, e os embriões com um cotilédone, o de plantas monocotiledôneas. 
Fonte: http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-germina-ccedil-atildeo-da-semente-do-feij-atildeo-image6647470
            http://304turma.blogspot.com/2010/07/morfologia-das-angiospermas_14.html

      O eixo embrionário é dividido em duas regiões, uma logo abaixo do nó cotiledonar (ponto onde se liga o cotilédone) e a outra, cima desse nó. Segundo Souza (2003) na região abaixo do nó cotiledonar, o eixo é formado pelo hipocótilo e pela radícula quando há distinção morfológica entre essas estruturas, ou então, pelo eixo hipocótilo-radicular quando elas formam um eixo único; a radícula ou pólo radicular origina a raiz primária; e no outro extremo do eixo embrionário ocorre o epicótilo, considerado o primeiro entrenó do embrião, e a plúmula ou gêmula, considerada a gema embrionária que origina o caule e as folhas da planta.
Fonte: http://www.clickescolar.com.br/page/79

      Nas espécies pertencentes á família Poaceae, monocotiledôneas, como Zea mays (milho) e Triticum vulgare (trigo), dentre outras, o embrião tem morfologia e terminologia especiais, onde o cotilédone é chamado de escutelo fazendo referencia ao seu formato de pequeno escudo; a plúmula é envolvida e fica protegida dentro da semente por uma bainha fechada denominada coleóptilo (coleo = bainha; ptilo = plúmula); e a radícula também fica envolvida por uma bainha denominada coleorriza (rizo = raiz) (Souza, 2003).

 Fonte: http://accbarroso60.wordpress.com/2011/03/02/botanica-plantas/
Fonte:
FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Ed. Labor, 1953. 1244p. il. 
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/Anatomia_Fernando.pdf 
PEREIRA, Lafayette R. Botânica - 2’ Ed. Rio de Janeiro, 1925. 667p.
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il.
SOUZA, L. A. Sementes e Plântulas – germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa: Editora TODAPALAVRA, 2009. 279p.il. 
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.
sábado, novembro 26, 2011 0 comentários By: Lorena Benck

Estrutura de Semente Madura: ENDOSPERMA

     Provém da dupla fecundação, pela fusão do segundo núcleo espermático (haplóide) e os dois núcleos polares (haplóides) e por divisões sucessivas, formará um tecido de reserva, o albume ou endosperma.

     O endosperma constitui ao tecido da semente, que serve como fonte de alimento para o desenvolvimento do embrião e/ou plântula, podendo também exercer função de proteção do embrião permanecendo ao seu redor (Souza, 2009). 

     Pode conter reserva variável, com presença de óleo, amido, proteína, hemicelulose, polissacarídeos e certos ácidos (Souza, 2009). E quanto ao seu aspecto, pode ser farinhoso, carnoso, gelatinoso ou córneo, com coloração branco, branco-amarelado ou transparente (Souza, 2003). 

     Segundo Souza (2003), sementes maduras que apresentam endosperma como tecido de reserva, são denominadas sementes endospérmicas ou albuminosas. Outras sementes, entretanto, podem ser desprovidas de endosperma na maturidade, contendo outros tipos de substâncias nutritivas para o desenvolvimento do embrião presentes nos cotilédones, são chamadas de exendospérmicas ou exalbuminosas. 

     O endosperma das sementes albuminosas pode ter natureza parenquimática  ou colenquimática. No primeiro tipo, as paredes celulares podem ser delgadas e o conteúdo de reserva das células é lipídico. No segundo tipo, o endosperma apresenta células com paredes espessas, constituídas principalmente de carboidratos e amido, bem como presença de reserva lipídica. O endosperma de origem colenquimática apresenta dupla função: agem como fonte adicional de reserva de alimento para o embrião e facilitam sua saída do tegumento por se tornar mucilaginoso em contato com água. (Souza, 2003).

     De acordo com Vidal & Vidal (2007), os tipos de reservas são divididas em:
1) Endosperma secundário: tecido triplóide com formação após a fecundação. Pode ocorrer na semente ou desaparecer durante a formação do embrião. Ex.: milho. 
2) Perisperma: tecido originado pela parte da nucela, persistente, durante a formação do endosperma. O perisperma pode ser a única reserva da semente ou ocorrer juntamente com o endosperma. Ex.: feijão.
3) Endosperma primário: tecido originado do macrósporo (parte feminina) e, portanto, haplóide. Ex.: pinhão. 


Fonte: http://www.biologia.blogger.com.br/2008_06_01_archive.html
Fontes: 
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il.
SOUZA, L. A. Sementes e plântulas: germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa: Editora Toda Palavra, 2009. 279p.il.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.
http://www.ufsm.br/sementes/germinar.htm

http://www.simbiotica.org
sábado, novembro 19, 2011 0 comentários By: Lorena Benck

Estrutura de Semente Madura: TEGUMENTO

     Em geral, é todo órgão vegetal ou parte orgânica que envolve outro órgão e lhe confere proteção (Font Quer, 1953). 

     A superfície da semente ou do tegumento também pode variar em cor e consistência ou textura, e nela podem ocorrer tricomas e emergências (Souza, 2009). 

    Os envoltórios da semente desenvolvem-se a partir dos integumentos do óvulo. Geralmente o óvulo apresenta dois integumentos e as sementes deles resultantes, também podem apresentar dois tegumentos, denominados testa (tegumento externo, originado da primina) e tégmen (tegumento interno, originado da secundina), ou apresentarem apenas um tegumento, a testa. As variações dos envoltórios da semente dependem das características específicas do óvulo, principalmente no que diz respeito ao número e espessura dos integumentos e das modificações sofridas por ele(s) durante o desenvolvimento e maturação da semente. 

     Segundo Souza (2003), os tegumentos (testa e tégmen) protegem o embrião, regulam a absorção de água e oxigênio necessários à germinação da semente e também atuam na dispersão de sementes; podem apresentar cor, consistência e espessura que podem variar de acordo com a semente, podendo ter superfície lisa, rugosa, reticulada, estriada, glândulosa, viscosa, ou provida de pelos. 

     Quanto aos tegumentos, as sementes podem ser classificadas de acordo com Vidal & Vidal (2007) em: 

1) Bitegumentadas: constituídas de testa (externo) e tegma (interno) na maturidade, podendo ter os dois tegumentos bem desenvolvidos ou um deles pode apresentar menos diferenciação de seus tecidos. Ex.: Angiospermae

2) Unitegumentadas: constituídas de apenas um tegumento podendo ter origem de um óvulo unitegumentado ou bitegumentado. Quando de óvulo bitegumentado, um dos tegumentos pode ser degenerado, comprimido ou absorvido durante o desenvolvimento da semente. Ex.:Gymnospermae

3) Ategumentadas: não apresentam tegumento e podem desenvolver estruturas alternativas para a proteção do embrião. No caso da amêndoa, é protegida diretamente pelo pericardo do fruto. Ex.: Loranthaceae


Fonte: http://buiquedagente.blogspot.com/2011/02/pesquisa.html

Fontes: 
FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Labor. 1953
SOUZA, L. A. Sementes e plântulas: germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa: Editora Toda Palavra, 2009. 279p.il.
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.
http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/. Acesso dia 19/11/2011.
sábado, novembro 12, 2011 0 comentários By: Lorena Benck

SEMENTES: Origem, desenvolvimento e definição.

Fonte: http://www.prof2000.pt/users/msalvado/form_sem.htm

     Mariath et al. (2006) identificam 5 etapas de fecundação para Angiospermae, sendo elas: polinização, acoplamento, cópula, descarga dos gametas e singamia. O acoplamento compreende a fase de aproximação dos gametófitos, desde o estigma, através do tecido transmissor do estilete, até o contato do tubo polínico com o aparelho filiforme das sinérgides. A cópula consiste na penetração de uma sinérgide, mediante o desenvolvimento de um tubo copulador, que abre e descarrega os gametas. A descarga dos gametas ocorre após a liberação do conteúdo do tubo polínico no interior da sinérgide. A singamia, que é a última etapa da polinização, compreende a fusão de um gameta com a oosfera para formar o zigoto esporofítico (diplóide), enquanto o outro gameta fecunda os núcleos polares para formar o endosperma (geralmente triplóide) (Souza,2009).

     A semente pode ser definida como um óvulo maduro e fecundado, contendo em seu interior uma planta embrionária, substâncias de reserva (às vezes ausentes), ambas protegidas por um ou dois envoltórios (casca).

     As sementes apresentam basicamente uma estrutura única que participa da disseminação, proteção e reprodução das espécies.

     Pela definição botânica, semente é o óvulo desenvolvido após a fecundação, que contém embrião, reservas nutritivas e tegumento. A Legislação Brasileira (Lei nº 10711, de 5 de agosto de 2003) apresenta um conceito mais amplo, definindo semente como o material de reprodução vegetal de qualquer gênero, espécie ou cultivar, proveniente de reprodução sexuada ou assexuada, que tenha finalidade específica de semeadura.

     De acordo com Souza (2003), a semente origina-se do óvulo ou do rudimento seminal e permanece encerrada no pericarpo do fruto.

     Segundo Vidal & Vidal (2007), semente é o óvulo desenvolvido após a fecundação, contendo o embrião, com ou sem reservas nutritivas, protegido pelo tegumento e seu desenvolvimento se dá da seguinte forma:

1) Formação do embrião: o zigoto diplóide (proveniente da fusão do microgameta com a oosfera) divide-se em duas células. A mais externa, encostada à micrópila, por divisões sucessivas, forma um cordão, o suspensor, ligado por uma lado ao saco embrionário, por onde recebe substâncias nutritivas; o suspensor tem vida efêmera. A mais interna, concomitantemente, por divisões sucessivas, forma o embrião, que é a futura planta.

2) Formação de reservas: ao mesmo tempo em que os fenômenos acima se verificam, o núcleo triplóide (proveniente da fusão do microgameta com o mesocisto), por divisões sucessivas, formará um tecido de reserva, o albume.

3) Formação do tegumento: os integumentos dos óvulos, geralmente, vão originar o tegumento, que é o revestimento protetor da semente.

Fonte: http://revisoesparaprova.blogspot.com/2008/11/sementes_07.html

Fontes:
SOUZA, L. A. Sementes e plântulas: germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa: Editora Toda Palavra, 2009. 279p.il. 
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.
http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/. Acesso dia 11/11/2011.
http://www.senado.gov.br/legislacao/. Acesso dia 10/11/2011.
sexta-feira, agosto 27, 2010 0 comentários By: Anônimo

Sementes





SEMENTE
(Colaboração da Prof. Dra Rosângela Capuano Tardivo.)


É o ovulo maduro, fecundado.
Consiste de 3 partes: EMBRIÃO, ENDOSPERMA, TEGUMENTO SEMINAL (CASCA).
Embrião e edosperma à produtos da dupla fecundação
Tegumento da semente à tegumento do óvulo

Gimnospermas – tem endosperma primário – endosperma já existente no óvulo da fecundação.
Angiospermas – endospermas – endospermas verdadeiro, resultante da dupla fecundação.
- SEMENTE - constitui a unidade reprodutiva e o inicio da outra geração.
                -protege o embrião (novo espófito) – contra o ataque de microorganismos, insetos, danos mecânicos, dessecação. É a estrutura crucial na evolução das plantas terrestres. É o meio pelo qual o novo indivíduo é disperso.

Existe uma grande diversidade estrutural: sementes minusculas (orquídeas)
            Mora oleifera – ca. 1 Kg.
            Lodóicea maldivica – sementes + pericarpo – 20 Kg

DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE DE ANGIOSPERMAS:

Após a dupla fecundação o zigoto permanece quiscente por algum tempo. Depois, o zigoto sofre uma serie de divisões mitoticas, originando o EMBRIÃO. Este processo e denominado embriogênese (processo semelhante em todas as fanerógamas).
            A diferença ocorre com a formação dos cotilédones ( folhas embrionárias, as primeiras folhas de um esporófito).
COTILÉDONES:         1 nas MONOCOTILEDÔNEAS
                                    2 nas DICOTILEDÔNEAS
                                    3 a vários – GIMNOSPERMAS.
EMBRIÃO MADURO e formado por uma raiz embrionária – RADÍCULA; um caule embrionário e de 1, 2  ou + cotilédones. A zona epicotiledonar é denominada epiótilo e a zona hipocotiledonar, hipocótilo.
Poliembrionia é a ocorrencia de mais de um embrião em uma semente.
Causas - clivagem da oosfera, formando várias células iniciais zigóticas;
            - existencia de vários sacos embrionário;
Ex: Poa Alpinia (Gramineae); opuntia spp. (Cactaceae);

O endosperma e o tegumento passam por mudanças caracteristicas do grupo de plantas a semente pertença

O endosperma, na maioria das dicotilêdones, é absorvido pelo embrião em desenvolvimento. O endosperma é altamente desenvolvido nas sementes de gramíneas: arroz, milho, trigo (fontes essenciais da aliamentação humana).

Sementes ALBUMINOSAS OU ENDOSPERMADAS – conservam endosperma, quando maduras.

Sementes EXALBUMINOSAS OU EXOSPERMADAS – destituidas de endosperma quando maduras. Ex. Leguminosas, orquídeas, compostas.

Substâncias de reserva variam:           nos cereais – amido no endosperma
                                                                    Mamona – óleo no endosperma
                                                                                Amendoim – óleo no cotilédones
                                                                    Soja – proteina nos cotilédones.
% média por composição

Proteína
óleo
Carboidratos

Cereias:
Milho (Zea)
10
5
80
end
Cevada (Hordeum)
12
3
76
end
Aveia (Avena)
13
8
66
end
Centeio (Secale)
12
2
76
end
Trigo (Triticum)
12
2
75
end
Legumes
Ervilha (Pisum)
25
6
52
cot
Amendoin (Arachis)
31
48
12
cot
Soja (Glycine)
37
17
26
cot
Outros
Mamona (Rícinus)
18
64
-
end
Pinho (Pinus)
35
48
6
end 1º
Bewley & Black, 1986

Tegumentos da semente –       TESTA – (tegumentos externo do óvulo)
                                               TÉGMEN – (tegumento interno do óvulo)
            Quando o óvulo possui um único tegumento, este será a testa

Função do Tegumento:
1)      Proteção do Embrião
2)      Processo de dormência ou germinação
Tegumento impermeável à água – comum em várias angiospermas
Germinação ocoore depois da quebra do tegumento: ação de microorganismos e fungos; ácidos do solo; alternancia de temperaturas altas e baixas; Ação de animais (ácido digestivo).
3)      Dispersão das sementes: Tegumento carnoso – atrai animais; estruturas diferenciais – pelôs (algodão, painera); asas – sementes aladas (ipê); tecidos de cor viva – Magnólia, Osmosia.

No tegumento seminal pode-se diferenciar: MICRÓPILA – como um poro; HILO – cicatriz o funículo – (pedunculo que sustenta o óvulo) e RAFE – região saliente proveniente da base do funiculo + o tegumento.

Estruturas especiais:
CARÚNCULA – estrutura carnosa, presentes na extremidades da micrópila, resultante da proliferação de celulas do tegumento externo.
-Dispersão (formigas);  germinação (absorção de água).
ARILO- surge do funículo, envolve o óvulo parcial ou totalmente, após a fecundação. Na semente madura – arilo carnoso, pulposo, incolor, ou muito colorido.
Ex:       Maracuja – mucilaginoso, tranparente, contendo óleo e amido
Ingá, mamão – testa comestível, pulposa. –Sarcotesta.
 CARIÓPSES DOS CEREAIS – (Graminae) – testa da semente unida em toda a extensão ao pericarpo do fruto.
Embrião: COLEÓPTILE
            RAIZ EMBRIONÁRIA (RADÍCULA) – envolvida pela COLEORRIZA
            ESCUTELO – único cotiledone da semente, disposto em contato direto com o endosperma;

GERMINAÇÃO

Dispersãoà meio favorável, umido à germinação
Longevidade da semente – alguns meses ou anos; ( algumas 80 a 100 anos!).

GERMINAÇÃO – embebidação à grande aumento do volume da semente à rompimento do tegumento seminal à crescimento do embrião.
Primeira parte a sair à raiz primária, penetra o solo (geotrop. +)
Processo oposto à raiz à outro eixo se desenvolve, geotropismo negativo à caule e as folhas
- cotilédones erquidos do chão à germinação EPÍGEA
Milho – único cotilédone permanece dentro do grão à germinação HIPÓGEA