Os caules podem ser classificados em:
1) HERBÁCEOS: caules tenros, geralmente clorofilados, flexíveis, não lignificados, característico das ervas. Exemplos: moréia, aboboreira.
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Para a caracterização de espécies herbáceas e subarbustivas, é usado o sistema proposto por WHITTAKER (1975), baseado em formas biológicas (MENEZES-SILVA, 1998):
- Herbácea ereta: planta não lenhosa em geral com até 50 cm de altura, com ramos de crescimento perpendiculares ou obíquos ao substrato, geralmente bem visíveis. Ex.: várias Asteraceae (Adenostema sp) e Fabaceae (Desmodium sp).
- Herbácea bulbosa: planta com caule hipógeo reduzido, geralmente descrito morfologicamente como do tipo “bulbo”, e partes aéreas que muitas vezes fenecem em um determinado período do ano. Ex.: várias Liliaceae e Amaryllidaceae (Hipoxis decumbens).
- Herbácea reptante: caules herbáceos rasteiros que utilizam osubstrato como apoio para desenvolvimento, enraizando-se esporadicamente pelos nós, eventualmente recobertos por serapilheira. Ex.: Algumas espécies de Commelinaceas.
- Herbácea rizomatosa: planta com caule rasteiro, frequentemente recoberto por solo e/ou serapilheira, enraizando-sepraticamente ao longo de toda sua extensão. Ex.: várias Poaceae como Oplismenus sp. e Ichnahthus sp..
- Herbácea rosulada: planta com folhas agrupadas na extremidade de um caule curto não bulboso, formando ramos aéreos somente por ocasião da floração. Ex.: Eryngium sp..
- Herbácea cespitosa: planta com altura variável, formando“touceiras”, com gemas geralmente protegidas pelas bainhas das folhas senescentes. Ex.: muitas Poaceae e Cyperaceae.
2) LENHOSOS: característicos de troncos de árvores, de grande porte e capacidade de aumento de diâmetro sendo rígidos e intensamente lignificados (DOWNOR, 1999). Entre os caules lenhosos e os herbáceos existem termos de transição, conforme se aproxima de um ou de outro tipo, serão respectivamente sublenhosos e subherbáceos. Exemplo: mogno, palmeira, mangueira.
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2.1) Sublenhosos: lignificação apenas na região mais velha, basal, junto às raízes e maleáveis no ápice das plantas (CHANPETRY, 2008). Característicos em subarbustos. Exemplo: coroa-de-cristo.
3) CARNOSO OU SUCULENTO: geralmente o caule é volumoso, porém tenro e age como órgão de armazenamento de água (DOWNOR, 1999). Ex.: uva - do - mato, couve.
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Podemos considerar ainda os caules ocos ou fistulosos, que possuem um canal medular de diâmetro grande, quando comparado com a respectiva secção transversal e os caules medulosos, quando conservam seu tecido medular. Por outro lado, os caules chamados maciços ou compactos possuem medula reduzida.
Fontes:
CHANPETRY, V.H. Esqueleto vegetal. Ed. Conhecer, 2008. São Paulo - SP, 261 p.
DOWNOR, A.R. Hábitos e adaptações. Ed. Nova Era, Minas Gerais-1999, 89 p.
MENEZES-SILVA, S. 1998. As Formações Vegetais da Planície Litorânea da Ilhado Mel, Paraná, Brasil: Composição Florística e Principais CaracterísticasEstruturais. Campinas, Unicamp. Tese de Doutorado. 262 p.
WHITTAKER, R.H. Communities and Ecosystems, Macmillan, 1975.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/caule/caule-27.php#ixzz1xgOWeomr