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sábado, junho 16, 2012 1 comentários By: Lorena Benck

MORFOLOGIA DO CAULE: Classificação quanto à consistência.

Os caules podem ser classificados em: 

1) HERBÁCEOS: caules tenros, geralmente clorofilados, flexíveis, não lignificados, característico das ervas. Exemplos: moréia, aboboreira.

http://www.maiscommenos.net/blog/2010/02/meu-pe-de-abobora-cresceu/ 
     Para a caracterização de espécies herbáceas e subarbustivas, é usado o sistema proposto por WHITTAKER (1975), baseado em formas biológicas (MENEZES-SILVA, 1998): 

- Herbácea ereta: planta não lenhosa em geral com até 50 cm de altura, com ramos de crescimento perpendiculares ou obíquos ao substrato, geralmente bem visíveis. Ex.: várias Asteraceae (Adenostema sp) e Fabaceae (Desmodium sp). 

- Herbácea bulbosa: planta com caule hipógeo reduzido, geralmente descrito morfologicamente como do tipo “bulbo”, e partes aéreas que muitas vezes fenecem em um determinado período do ano. Ex.: várias Liliaceae e Amaryllidaceae (Hipoxis decumbens). 

- Herbácea reptante: caules herbáceos rasteiros que utilizam osubstrato como apoio para desenvolvimento, enraizando-se esporadicamente pelos nós, eventualmente recobertos por serapilheira. Ex.: Algumas espécies de Commelinaceas. 

- Herbácea rizomatosa: planta com caule rasteiro, frequentemente recoberto por solo e/ou serapilheira, enraizando-sepraticamente ao longo de toda sua extensão. Ex.: várias Poaceae como Oplismenus sp. e Ichnahthus sp.. 

- Herbácea rosulada: planta com folhas agrupadas na extremidade de um caule curto não bulboso, formando ramos aéreos somente por ocasião da floração. Ex.: Eryngium sp.. 

- Herbácea cespitosa: planta com altura variável, formando“touceiras”, com gemas geralmente protegidas pelas bainhas das folhas senescentes. Ex.: muitas Poaceae e Cyperaceae. 

2) LENHOSOS: característicos de troncos de árvores, de grande porte e capacidade de aumento de diâmetro sendo rígidos e intensamente lignificados (DOWNOR, 1999). Entre os caules lenhosos e os herbáceos existem termos de transição, conforme se aproxima de um ou de outro tipo, serão respectivamente sublenhosos e subherbáceos. Exemplo: mogno, palmeira, mangueira. 

http://flores.culturamix.com/flores/naturais/tipos-de-caule 
     2.1) Sublenhosos: lignificação apenas na região mais velha, basal, junto às raízes e maleáveis no ápice das plantas (CHANPETRY, 2008). Característicos em subarbustos. Exemplo: coroa-de-cristo. 

3) CARNOSO OU SUCULENTO: geralmente o caule é volumoso, porém tenro e age como órgão de armazenamento de água (DOWNOR, 1999). Ex.: uva - do - mato, couve.

http://plantas-medicinais.me/category/plantas-medicinais/page/19
     Podemos considerar ainda os caules ocos ou fistulosos, que possuem um canal medular de diâmetro grande, quando comparado com a respectiva secção transversal e os caules medulosos, quando conservam seu tecido medular. Por outro lado, os caules chamados maciços ou compactos possuem medula reduzida.

Fontes:
CHANPETRY, V.H. Esqueleto vegetal. Ed. Conhecer, 2008. São Paulo - SP, 261 p.
DOWNOR, A.R. Hábitos e adaptações. Ed. Nova Era, Minas Gerais-1999, 89 p.
MENEZES-SILVA, S. 1998. As Formações Vegetais da Planície Litorânea da Ilhado Mel, Paraná, Brasil: Composição Florística e Principais CaracterísticasEstruturais. Campinas, Unicamp. Tese de Doutorado. 262 p.
WHITTAKER, R.H. Communities and Ecosystems, Macmillan, 1975.
 http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/caule/caule-27.php#ixzz1xgOWeomr
sábado, junho 09, 2012 2 comentários By: Lorena Benck

Morfologia do Caule

     O caule é o órgão da planta que fornece o suporte mecânico para folhas, flores e frutos, e também é responsável pela disposição destas partes na planta (CASTRO et.al., 2006).

     Além de constituir a estrutura física onde se inserem raízes e folhas, o caule desempenha as funções de condução de água e sais minerais das raízes para as folhas, e de condução de matéria orgânica das folhas para as raízes, além de aminoácidos,hormônios   e demais metabólitos para as demais partes da planta (FERRI, 1970). Pode ainda fazer o armazenamento de reservas nutritivas, bem como participar na propagação vegetativa da planta.

     A organização básica de um caule consiste num eixo com nós e entrenós (ou internós). Os nós são os pontos de inserção de uma ou mais folhas, e entrenós, os espaçamentos entre os nós. A diferença fundamental entre o caule e a raiz é que nos nós existem folhas e gemas (WERLEMB, 1989), que com seu desenvolvimento podem formar ramos com folhas, flores ou ambos.

     Quando da presença da gema existente no ápice de um eixo caulinar, se trata da gema terminal, enquanto aquelas localizadas nas axilas das folhas (uma ou mais por axila) são as gemas laterais ou também denominadas de axilares  (CHANPETRY, 2008). A gema apical é a mais ativa, e as gemas laterais permanecem dormentes em conseqüência da dominância apical exercida pela primeira (hormônio auxina), e dependendo do clima em que a planta se encontra, a gema normalmente fica protegida por folhas modificadas denominadas catafilos.


Fontes:
CASTRO, W.S.; LIMA, C.C.A.; SILVA, L.J. Apostila de morfologia externa vegetal.Universidade Federal de Uberlândia – Instituto de Biologia, 2006.
CHANPETRY, V.H. Esqueleto vegetal. Ed. Conhecer, 2008. São Paulo - SP, 261 p.
FERRI, M. G. 1970. Botânica - Morfologia Externa das Plantas (Organografia). São Paulo: Edusp.
WERLEMB, A.F. The root of the source. Barcelona, 1989.
sábado, junho 02, 2012 0 comentários By: Lorena Benck

MORFOLOGIA DO CAULE: Classificação quanto à modificação.

     Alguns caules apresentam modificações, visando realizações de funções específicas não típicas de caule. Essas modificações garantem uma maior adaptatibilidade a variações de ambiente.

1. Suculento:
     Caules com células aqüíferas que armazenam água e nutrientes (CALVENTE et al., 2008; BOEGER et al., 2010).
    São encontrados em plantas como as cactáceas, onde seus caules expandiram-se em estruturas suculentas que corresponde a área fotossintetizante e, consequentemente, o tamanho absoluto dos indivíduos está relacionada com a taxa de fotossíntese da mesma (MAUSETH, 2000), enquanto suas folhas transformaram-se nos espinhos e são atribuídas às funções de proteção contra a reflexão da luz incidente sobre o caule (GIBSON; NOBEL, 1986).


2. Cladódio e Filocládio:
     Expressões usadas para designar caules que, pelo aspecto, lembram folhas. 
    Quando se trata de um ramo comprido, ou seja, com crescimento indeterminado, que se transforma e assume um aspecto de folha, falamos em cladódios.
    Quando se trata de um aramo curto, isto é, de crescimento determinado, usamos o nome de filocladódio. Ex.: aspargo. (FERRI, 1983).


3. Espinhos:
     São ramos curtos que se tornam muito resistentes pelo grande crescimento de tecidos mecânicos. Sua ponta afiada constitui de uma ameaça a animais, e esses espinhos podem servir, por conseguinte, como elementos protetores da planta (FERRI, 1983). Ex.: em laranjeiras e limoeiros.

4. Gavinhas:
     São ramos dotados de filamentos, e não possuem folhas. Também crescem enrolados em um suporte, e exercem função de prender os caules escandescentes, para auxiliar no crescimento. Podemos encontrá-las em maracujá e uva.

5. Pseudobulbo:
     São estruturas espessadas (bulbos aéreos), com funções de armazenamento de água e regulação do metabolismo de síntese de carboidratos (FONT QUER, 1985). Assumem as mais diversas formas e tamanhos . Ex.: orquídeas.

6. Alado:
Fontes:
BOEGER, M. R. T.; SOFFIATTI, P.; SOUTO, M. A. G.; BUDCHEN, M.; BAGATINI, K. P.; DALFORNO, M.Functional morphology of two Lepismium species (Rhipsalideae, Cactaceae). Revista Mexicana de Biodiversidad, 2010, Accepted.
CALVENTE, A.; ANDREATA, R. H. P.; VIEIRA, R. C. Stem anatomy of Rhipsalis (Cactaceae) and its relevance for taxonomy.Plant System Evolution v.276 p.271–277, 2008.
FERRI, M. G., Botãnica: morfologia externa das plantas (organografia) - 15ª ed. São Paulo, 1983.
FONT QUER, P. 1985. Diccionario de Botânica. 9a ed. Editorial Lobos. Barcelona.
GIBSON, A. C.; NOBEL. P. S. The Cactus Primer.Harvad University Press, Cambridge 286 p., 1986.
MAUSETH, J. D. Theorethical aspects of surface-to-volume ratios water storage capacities of succulent shoots. American Journal of Botany v.87 p.1107-1115, 2000.
http://www.colegioweb.com.br/biologia/tipos-de-caule.html
sábado, maio 26, 2012 1 comentários By: Lorena Benck

MORFOLOGIA DO CAULE: Tipos de ramificação

    A morfologia do sistema caulinar é determinada pelo tipo de ramificação apresentada, sendo os principais tipos (Ferri, 1970):

1) SISTEMA  MONOPODIAL
     O crescimento do caule se dá pela atividade de uma única gema apical, que persiste por toda a vida da planta. O eixo caulinar primário formado por tecidos derivados de uma única gema apical, é mais desenvolvido que os demais e cresce verticalmente, enquanto, os  ramos laterais têm crescimento oblíquo e são menos desenvolvidos, como se vê na maioria dos pinheiros.


2) SISTEMA SIMPODIAL
     Várias gemas participam da formação de cada eixo. Isto acontece porque a gema apical cessa a sua atividade, sendo logo substituída por uma gema lateral, que passa a atuar como principal, e assim por diante, ou porque o eixo principal perde a sua dominância sobre os ramos laterais. O eixo principal é formado por tecidos originados das diversas gemas que se substituem gradativamente. Enquadram-se neste grupo a maioria das árvores.


Fontes:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal3.phpCASTRO, W.S.; LIMA, C.C.A.; SILVA, L.J. Apostila de morfologia externa vegetal.Universidade Federal de Uberlândia – Instituto de Biologia, 2006.
FERRI, M. G. 1970. Botânica - Morfologia Externa das Plantas (Organografia). São Paulo: Edusp.