São peças do androceu, isto é, o aparelho reprodutor masculino da flor. São folhas modificadas responsável pela produção do grão de pólen através da microsporogênese. Cada estame é constituído por:
ANTERA: dividida em tecas que estão unidas pelos conectivos, onde ocorre a microsporogênese e o armazenamento do grão de pólen nos sacos polínicos que podem variar de número em diferentes espécies. Apresenta aberturas nas tecas para a saída do grão de pólen (deiscência).
A abertura das tecas das anteras é classificada em:
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Poricida: abertura por poros circulares, normalmente no ápice da antera;
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Rimosa: abertura por fenda longitudinal lateralmente, ventralmente ou dorsalmente;
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Valvar: abertura por válvulas em diversos trechos da superfície da antera
FILETE: promove sustentação da antera. Quando da sua falta, a antera é séssil.
Os estames podem se apresentar livres ou fundidos, classificados em:
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Monodelfos: quando estão unidos pelo filete e com as anteras livres;
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Diadelfos: quando um dos estames se encontra livre e os restantes unidos;
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Poliadelfos: quando estão todos soldados pelos filetes e as anteras estão livres;
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Sinantéricos: quando unidos apenas pelas anteras;
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Sistémonos: quando estão totalmente soldados, filetes e anteras;
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Coniventes: quando estão livres, mas as anteras encostadas.
Estaminódios: estames reduzidos ou modificados sem antera ou que apresentam antera que perderam a capacidade de produzir grão pólen.
O androceu pode ser classificado de acordo com o número de estames, comparando-o com o número de pétalas:
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Polistêmone: o número de estames é maior que o número de pétalas da flor, mas não é exatamente o dobro;
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Oligostêmone: o número de estames é menor que o número de pétalas;
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Diplostêmone: o número de estames é exatamente o dobro do número de pétalas;
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Isostêmone: o número de estames é exatamente igual ao número de pétalas.
Fonte: Font Quer, P. 1953. Diccionario de botánica. Barcelona, Labor.