Font Quer, (1953) define como sendo um conjunto de fenômenos relativos a uma plântula apta à germinação e saída do interior da semente.
Em ambientes favoráveis, como na presença de água, o metabolismo na semente, que se encontrava baixo apenas para manter o embrião vivo, aumenta e as reservas começam a ser consumidas, iniciando-se o desenvolvimento das plântulas (Souza, 2009).
Segundo Bewley e Black (1994) e Castro et al. (2004), a germinação é um processo composto por três fases que consistem da embebição (fase I), ativação dos processos metabólicos requeridos para o crescimento do embrião (fase II) e iniciação do crescimento do embrião (fase III).
Com a retomada da atividade metabólica da semente, o tegumento da semente não acompanha seu aumento do volume interno, rompe-se e então o embrião pode crescer. Geralmente a primeira parte a sair é a raiz primária (formada a partir da radícula), que penetra no solo por geotropismo positivo, e ramifica-se para formar o sistema radicular da nova planta. No extremo oposto à raiz, outro eixo se desenvolve, geralmente com geotropismo negativo, originando o caule e as folhas.
A duração de cada fase da germinação depende de propriedades inerentes à semente, como a permeabilidade do tegumento, composição química e tamanho das sementes e, também das condições durante a embebição, como temperatura, composição do substrato e presença de reguladores vegetais (Carvalho e Nakagawa, 2000).
De acordo com Souza (2009), existem dois tipos de germinação:
1) EPÍGEA: é o tipo de germinação em que a semente é carregada para cima do solo pelo hipocótilo, como ocorre em sementes de feijão. A plúmula emerge do solo, envolta pelos cotilédones, que a protegem de lesões e atuam como fonte nutricional e de carbono para o crescimento e manutenção da plântula. Os cotilédones expostos tornam-se clorofilados, o que permite a realização da fotossíntese.
2) HIPÓGEA: os cotilédones permanecem abaixo da superfície do solo onde somente o epicótilo se alonga. Com a emergência da parte aérea, o epicótilo se dobra e, à medida que a plúmula cresce, ela é levada para a superfície do solo, como se verifica nas sementes de milho. As reservas presentes nos cotilédones são utilizadas pela plântula até serem esgotadas, e o restante do diásporo se decompõe com o tempo.
Fontes:
Bewley, J. D.; Black, M. 1994. Seeds: Physiology of development and germination. Plenum Press, New York, USA, 445pp.
Castro, R. D.; Bradford, K. J.; Hilhorst, H. W. M. 2004. Embebição e reativação do metabolismo. In: Ferreira, A. G. & Borghetti, F. (eds). Germinação: do básico ao aplicado. Artmed, Porto Alegre, Brasil, p.149-162.
Carvalho, N. M.; Nakagawa, J. 2000. Sementes: Ciência, tecnologia e produção. FUNEP, Jaboticabal, Brasil, 588pp.
FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Ed. Labor, 1953. 1244p. il.
http://www.cientic.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=109%3Adiapositivos-de-germinacao-nas-plantas&catid=24%3Aregulacao-nos-seres-vivos&Itemid=95
SOUZA, L. A. Sementes e Plântulas – germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa: Editora TODAPALAVRA, 2009. 279p.il.
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