sábado, dezembro 31, 2011 0 comentários By: Lorena Benck

FRUTOS - Definição, desenvolvimento e função .

     Font Quer (1953), define como sendo o ovário desenvolvido de uma flor com ou sem sementes em seu interior, ocorrendo unicamente nas angiospermas. 

     O fruto pode originar-se de um ovário ou vários ovários desenvolvidos e em estado de maturação, podendo se agregar a ele outras partes da flor ou mesmo de inflorescência (Souza, 2009). 

     Após a fecundação dos óvulos no interior do ovário, inicia-se o crescimento, acompanhado de uma modificação de seus tecidos provocada pela influência de hormônios vegetais, que interferem na estrutura, consistência, cores e sabores, dando origem ao fruto. 

     De acordo com Vidal & Vidal (2007), a finalidade biológica do fruto é ser um envoltório protetor para a semente, ao mesmo tempo em que assegura a propagação e perpetuação das espécies. Adquirem cores chamativas e aromas agradáveis para atrair animais que irão despejar as suas sementes a maior ou menor distância. Quando frutos secos, sofrem diferentes processos de abertura que permitem a libertação das suas sementes. 

     Podem apresentam configurações morfológicas que lhes permitem participar ativamente na disseminação das sementes, como espinhos, ganchos e outras excrescências que facilmente aderem aos corpos dos animais ou apresentam-se plumosos ou leves que são transportados pelo vento. 

     Os frutos têm grandes variações estruturais. Elas, por sua vez, dependem da natureza ou das variações que existem na organização do gineceu das flores. Mais ainda, muitas vezes o fruto não é formado unicamente pelo ovário da flor, visto que outras peças podem estar representadas nos frutos, tais como: pedúnculo, receptáculo, cálice e brácteas.


Fontes:
FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Ed. Labor, 1953. 1244p. il.
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas.Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.
sexta-feira, dezembro 30, 2011 0 comentários By: Micheli Gabardo

Carpoteca


 O que é uma carpoteca?

     Carpoteca é uma coleção científica de frutos, que por serem grandes ou de consistência lenhosa ou carnosa não é viável seu armazenamento junto da exsicata correspondente; um exemplo de frutos grandes e pesados são os da família Lecythidaceae, que, se armazenados no armário de exsicatas, podem danificá-las.(Potiguara et al, 2001).

     A montagem de uma carpoteca inclui a coleta e armazenamento de frutos de consistência seca e carnosa, porém esses devem ser armazenados de maneira adequada, descrita em metodologia. A existência de uma carpoteca é imprescindível para pesquisas e estudos, servindo como ferramenta para taxonomistas, sistematas e estudantes em geral, pois o fruto pode ser a parte do material que difere uma espécie de outra. (Potiguara et al , 2001).

     O objetivo principal de se construir uma carpoteca é identificar espécies coletadas, através de comparação com o acervo presente na coleção.



Carpoteca HUPG 
Fonte: HUPG by Micheli Gabardo. 



Referencias 

Acervo HUPG, Herbário da Universidade Estadual de Ponta Grossa. http://aulasdebotanica.blogspot.com/p/hupg.html

Giardino della Flora Appenninica di capracotta- http://www.giardinocapracotta.unimol.it/insitu.html , Acesso em 13/12/2011. 

Herbário UFP-http://www.ufpe.br/herbarioufp/carpoteca.html, Acesso em 11/12/2011.

Jardim botanico do rio de janeiro-http://www.jbrj.gov.br/colecoes/herbario/index.html, Acesso em 12/12/2011. 

POTIGUARA, R. C.V. et al.Carpoteca: a coleção de frutos Paulo Bezerra Cavalcante- Minas Gerais. 2001. 

SOUSA, R. de C.; ESTEVES, R.; PASTORE, J. A. Carpoteca do Herbário D. Bento Pickel: organização e incremento.














sábado, dezembro 24, 2011 0 comentários By: Lorena Benck

Dormência em Sementes

     Quando uma semente, logo que se desprende da planta-mãe, está apta e não apresenta nenhuma restrição intrínseca ou extrínseca à germinação é classificada como sendo uma semente quiescente, mas quando encontra alguma barreira a esta germinação, mesmo em condições favoráveis, são consideradas dormentes e podem necessitar de algum tratamento especial para germinar. 

     Para Bewley & Black (1994), a dormência é um fenômeno intrínseco da semente, funcionando como mecanismo natural de resistência a fatores adversos do meio, podendo manifestar-se de três formas: dormência imposta pelo tegumento, dormência embrionária e dormência devido ao desequilíbrio entre substâncias promotoras e inibidoras da germinação.

     Na natureza é um recurso usado pelas plantas produtoras de sementes para perpetuação de suas espécies, já que o fenômeno da dormência impede que todas as sementes germinem na mesma época, aumentando sua chance de sobrevivência e diminuindo o risco de extinção da espécie (Carvalho & Nakagawa, 1983). 

     Segundo Kerbauy (2004), a dormência é geralmente classificada como:


1) Primária ou inata: quando já se encontra instalada na semente ao final da maturação, ainda na planta-mãe;


2) Secundária ou induzida: quando ocorre em sementes maduras, instalando-se após o desligamento da semente da planta-mãe. Surge quando a semente encontra uma situação de estresse ambiental, como, por exemplo, baixos níveis de oxigênio, temperaturas extremas, baixos potenciais hídricos, teores elevados de CO2 ou luz rica em vermelho extremo. Assim, uma semente quiescente pode se tomar dormente, e vice-versa, dependendo, respectivamente, de fatores ambientais de indução e "quebra" de dormência.

     E, existem os seguintes tipos de dormência (Kerbauy, 2004):


1) Embrionária ou endógena: quando os fatores de restrição da germinação estão associados ao próprio embrião, podendo envolver desde o desenvolvimento incompleto (dormência morfológica) ou a presença de inibidores, como o ABA e a cumarina (dormência fisiológica);


2) Extra-embrionária ou exógena: quando associada aos tecidos adjacentes ao embrião ou à semente (endosperma, tegumento, endocarpo, pericarpo, brácteas etc.), envolvendo diversos mecanismos, tais como impermeabilidade (dormência física), inibidores (dormência química) ou restrição mecânica (dormência mecânica).

     Para se quebrar a dormência, a semente deve sofrer a ação de um fator ambiental e/ou metabólico (fatores externos e internos), Souza (2009) apresenta alguns métodos de superação de dormência apresentados a seguir:


1) Agentes mecânicos: consiste da remoção total ou parcial do revestimento protetor, para facilitar a entrada de água (embebição), trocas gasosas, entrada de luz, à saída de inibidores endógenos ou, impedir o fornecimento de inibidores para o embrião. Feito através da impactação, escarificação mecânica e escarificação química.


2) Temperatura: quebra da dormência através da exposição a baixas e altas temperaturas, este efeito é chamado de estratificação.


3) Lixiviação: compreende o efeito físico da água como agente de lavagem (lixiviação) de inibidores de crescimento presentes nas sementes, permitindo a remoção da dormência.


4) Luz: alguns comprimentos de ondas da luz produzem efeitos na germinação de algumas sementes. A luz é absorvida por um pigmento denominado fitocromo, que, dependendo do comprimento de onda da luz que ele absorve converte-se em duas formas, fitocromo vermelho (Fv) sendo a forma inativa, e fitocromo vermelho extremo (Fve) a forma ativa que induz a germinação na maior parte das sementes. Sementes fotoblásticas positivas, na presença de comprimento de onda de 660 nanômetros convertem Fv à Fve e a germinação ocorre na presença de luz. Quando da conversão de Fve à Fv no comprimento de onda de 730 nanômetros, a germinação ocorre no escuro e a semente é denominada fotoblástica negativa.


5) Agentes químicos e reguladores de crescimento: utilização de agentes químicos como, ácidos para romper a testa ou tegumento duro da semente, ou ainda, hipoclorito de sódio, ácido nítrico, nitrato de potássio, etanol e água oxigenada. E como reguladores de crescimento as giberelinas, citocininas e o etileno são os mais relacionados à quebra de dormência.

Fontes:
BEWLEY, J. D.; BLACK, M. Seeds: physiology of development and germination. 2. ed. New York: Plenum, 1994. 445 p.

CARVALHO, N. M. & NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. Campinas, Fundação Cargill, 1983, 429p.

KERBAUY, G. B. Fisiologia Vegetal. São Paulo, Ed. Guanabara Koogan, 2004. 439p.

SOUZA, L. A. Sementes e Plântulas – germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa, Ed. TODAPALAVRA, 2009. 280 p.il.
sexta-feira, dezembro 23, 2011 0 comentários By: Micheli Gabardo

Exsicata mais antiga - HUPG





EXSICATA MAIS ANTIGA DO ACERVO 


     A mais antiga exsicata presente no acervo do Herbário da Universidade Estadual de Ponta Grossa(HUPG), é uma doação feita pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), a exsicata foi coletada por Amalie Dietrich s.n., datando (1863- 1872), a planta foi coletada na Australien: Queensland Brisbane river, sendo classificada como sendo da Família Leguminosoidae , subfamília Mimosoideae, Nome científico: Acacia fimbriata A. Cunn & G. Don.










Fonte: HUPG by Micheli Gabardo.





Image by: Greig, D.
Locality: Unknown
Licence: http://www.anbg.gov.au/copyright.html
SOURCE: Australian Plant Image Index




Acacia fimbriata
Photographer: Fagg, M.
Taken at : RBG Mt Annan NSW
Australian Plant Image Index (APII)- Photo No. : a.9975


Referências


Acervo Herbário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HUPG). http://aulasdebotanica.blogspot.com/p/hupg.html



Atlas of living Australia-http://bie.ala.org.au/species/urn:lsid:biodiversity.org.au:apni.taxon:297348, Acesso em 14/12/2011. 

Australian Plant Image Index-Australian National Botanic Gardens -Australian -National Herbarium-http://www.anbg.gov.au/photo/apii/id/a/9975, Acesso em 14/12/2011.


sábado, dezembro 17, 2011 0 comentários By: Lorena Benck

Germinação de Sementes

     Font Quer, (1953) define como sendo um conjunto de fenômenos relativos a uma plântula apta à germinação e saída do interior da semente. 

    Em ambientes favoráveis, como na presença de água, o metabolismo na semente, que se encontrava baixo apenas para manter o embrião vivo, aumenta e as reservas começam a ser consumidas, iniciando-se o desenvolvimento das plântulas (Souza, 2009). 

     Segundo Bewley e Black (1994) e Castro et al. (2004), a germinação é um processo composto por três fases que consistem da embebição (fase I), ativação dos processos metabólicos requeridos para o crescimento do embrião (fase II) e iniciação do crescimento do embrião (fase III). 

     Com a retomada da atividade metabólica da semente, o tegumento da semente não acompanha seu aumento do volume interno, rompe-se e então o embrião pode crescer. Geralmente a primeira parte a sair é a raiz primária (formada a partir da radícula), que penetra no solo por geotropismo positivo, e ramifica-se para formar o sistema radicular da nova planta. No extremo oposto à raiz, outro eixo se desenvolve, geralmente com geotropismo negativo, originando o caule e as folhas. 

     A duração de cada fase da germinação depende de propriedades inerentes à semente, como a permeabilidade do tegumento, composição química e tamanho das sementes e, também das condições durante a embebição, como temperatura, composição do substrato e presença de reguladores vegetais (Carvalho e Nakagawa, 2000). 

     De acordo com Souza (2009), existem dois tipos de germinação: 

1) EPÍGEA: é o tipo de germinação em que a semente é carregada para cima do solo pelo hipocótilo, como ocorre em sementes de feijão. A plúmula emerge do solo, envolta pelos cotilédones, que a protegem de lesões e atuam como fonte nutricional e de carbono para o crescimento e manutenção da plântula. Os cotilédones expostos tornam-se clorofilados, o que permite a realização da fotossíntese. 

2) HIPÓGEA: os cotilédones permanecem abaixo da superfície do solo onde somente o epicótilo se alonga. Com a emergência da parte aérea, o epicótilo se dobra e, à medida que a plúmula cresce, ela é levada para a superfície do solo, como se verifica nas sementes de milho. As reservas presentes nos cotilédones são utilizadas pela plântula até serem esgotadas, e o restante do diásporo se decompõe com o tempo.


Fontes:
Bewley, J. D.; Black, M. 1994. Seeds: Physiology of development and germination. Plenum Press, New York, USA, 445pp.

Castro, R. D.; Bradford, K. J.; Hilhorst, H. W. M. 2004. Embebição e reativação do metabolismo. In: Ferreira, A. G. & Borghetti, F. (eds). Germinação: do básico ao aplicado. Artmed, Porto Alegre, Brasil, p.149-162.

Carvalho, N. M.; Nakagawa, J. 2000. Sementes: Ciência, tecnologia e produção. FUNEP, Jaboticabal, Brasil, 588pp.

FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Ed. Labor, 1953. 1244p. il.

http://www.cientic.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=109%3Adiapositivos-de-germinacao-nas-plantas&catid=24%3Aregulacao-nos-seres-vivos&Itemid=95 
SOUZA, L. A. Sementes e Plântulas – germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa: Editora TODAPALAVRA, 2009. 279p.il.
sexta-feira, dezembro 16, 2011 2 comentários By: Micheli Gabardo

Intercâmbio Científico entre Universidades




Intercâmbio Científico


     Os Herbários mantém intercâmbio com instituições congêneres, por intermédio de seu acervo científico. 


Modalidades de intercâmbio

  1.  Doação por identificação - troca de duplicatas de plantas para identificação pelo especialista. 
  2. Permuta - troca de duplicata de plantas por duplicatas de outras plantas. 
  3. Empréstimo de plantas para estudos taxonômicos. 

  • Doação: material não está identificado até espécie, então faz-se a doação do material para o especialista da família que em troca devolve a Identificação do material. Ação com finalidade de identificação de material. 

  • Permuta: o material já está identificado, a outra Instituição deve enviar outro material identificado em troca, ação com finalidade de crescimento do acervo. 

  • Empréstimo: pesquisador requisita material do acervo para estudo, e depois se compromete a devolvê-lo no mesmo estado de conservação em que recebeu. Quando algum aluno necessita pedir material emprestado, seu orientador fica responsável pelo material.


  Fonte: http://www.ib.unicamp.br/herbario/intercambio_material 


   Toda ação de Intercâmbio acontece sempre de Curador para Curador*. Nunca um aluno ou pesquisador pode enviar uma guia de remessa pedindo material emprestado, ou doando material para outro herbário. Deve-se ter um rigoroso controle de correspondência e guias de remessa. Nunca se deve jogar nada fora. Através dos arquivos se tem controle do material que foi emprestado, do material que foi devolvido, das pendências, etc. 

*Curador de Herbário= Responsável para organização e manutenção do herbário.

Empréstimo de outros herbários


    O material que está sendo estudado por alunos ou pesquisadores da Instituição, material que veio de outros herbários e que precisará ser devolvido. As guias de empréstimo devem ser separadas de acordo com o pesquisador ou aluno que pediu o material, assim quando o aluno defender seu mestrado/doutorado ele deverá devolver todo o material que está com ele para os herbários correspondentes antes de sua defesa. Assim tem-se um controle rígido do material que precisa ser devolvido e do material que está sendo devolvido. 


Relatório anual


    É necessário fazer o controle mensal de todas as transações feitas. Anotar o número de material emprestado/doado para controle e para facilitar o relatório anual. Todos esses dados estão contidos nas pastas de arquivos de papel e também nos arquivos do computador. 


Referências 

HERBÁRIO ICN- http://icnbio.ufrgs.br/icn/?p=metd, Acesso em 08/12/2011. 

IB-UNICAMP-http://www.ib.unicamp.br/herbario/intercambio_material, Acesso em 08/12/2011. 

Jardim Botânico do Rio de Janeiro- http://www.jbrj.gov.br/colecoes/herbario/index.htm. Acesso em 28/11/2011. 

MACHADO & BARBOSA, 2010. Manual de procedimentos-Herbário BOTU.

segunda-feira, dezembro 12, 2011 0 comentários By: DALVA

Polinização - "Wings of life"

Este é um filme sobre POLINIZAÇÃO, são cerca de 3 min.! Vale a pena ver. As imagens são maravilhosas. No início tem uma apresentação do autor e das emoções que ele vivenciou ao fazer este trabalho.

sábado, dezembro 10, 2011 3 comentários By: Lorena Benck

Disseminação de Sementes

     Segundo Font Quer (1953), disseminação ou dispersão refere-se à ação da distribuição no solo de sementes, esporos, etc, de determinada espécie vegetal.

     Chama-se disseminação ou dispersão ao conjunto dos processos que possibilitam a fixação de indivíduos de uma espécie num local diferente daquele onde viviam os seus progenitores. Estes processos permitem que a espécie continue a aumentar a sua abundância sem estar dependente dos recursos existentes na sua área e determinam a biogeografia do mundo.

     O processo de dispersão de sementes é fundamental na regeneração de áreas desmatadas, pois através dele sementes de plantas pioneiras podem chegar a clareiras e demais áreas abertas em florestas, dando início ao processo de sucessão ecológica.

     De acordo com Vidal & Vidal (2007), existem os seguintes tipos de disseminação de sementes:

1) Antropocoria: quando é feita pelo homem, acidental ou espontaneamente.

2) Zoocoria: quando feita com auxílio dos animais. 
Caracteres: frutos e sementes com pelos e espinhos que aderem ao corpo dos animais. Ex.: carrapicho, picão e carrapicho-de-carneiro. Outras vezes, são ingeridas por aves, macacos e outros animais, sendo as sementes disseminadas junto com as fezes. Ex.: erva-de-passarinho.

3) Anemocoria: quando feita com auxílio do vento. 
Caracteres: sementes e frutos leves ou minúsculos. Ex.: sementes de orquídeas. Outras podem ter expansões aliformes: pente-de-macaco, ou pêlos com aspecto de pára-quedas: paineira, oficial-de-sala e língua-de-vaca.

4) Hidrocoria: quando feita com auxílio da água. 
Caracteres: sementes e frutos com cutícula impermeável. Ex.: coco. É comum apresentarem flutuadores especiais, como tecido esponjoso ou sacos aeríferos. Ex.: Hernandia guianensis (ventosa) e pinheirinho-d’água.

5) Autocoria: quando feita pelo próprio vegetal. 
Caracteres: frutos que se abrem com grande pressão, lançando as sementes à distância. Ex.: beijo-de-frade.

6) Barocoria: quando feita pela ação da gravidade.
Caracteres: sementes ou frutos pesados. Ex.: abacate.

7) Geocarpia: quando os pedúnculos, após a fecundação, enterram no solo os próprios frutos, onde amadurecem. Ex.: amendoim.


Fontes:
FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Ed. Labor, 1953. 1244p. il.

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24831
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/artigos/dispersao_de_sementes_e_a_fertilizacao_das_florestas.html?query=dispersao+de+sementes
sexta-feira, dezembro 09, 2011 0 comentários By: Micheli Gabardo

Identificação do material botânico





Identificação do material 

     Identificada a espécie, esta será registrada no livro tombo, para receber o número do herbário e seguir anotado na ficha do cadastro geral, onde serão copiados os dados principais da exsicata, que são: 


  •  número do herbário, 
  •  procedência, 
  •  nome do coletor, 
  •  data da coleta, 
  • nome de quem identificou a espécie. 


     Estas fichas tem o objetivo de facilitar a consulta, no sentido de saber a sua existência, distribuição geográfica, etc., sem recorrer à coleção da fitoteca. 

Ficha para o cadastro geral





Etiqueta para exsicata



    Realizada a técnica de herborização, conservar o material botânico em recipientes próprios (caixas de zinco, latas de madeira, ou armários apropriados) hermeticamente fechados, e com naftalina, para evitar a penetração de umidade e insetos destruidores.


Caixas


Fonte: UFSM- HDCF Herbário do Departamento de Ciências Florestais. 



Referências

FIDALGO, O.; BONONI, V. R. L. (Coord.). Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. São Paulo: Instituto de Botânica, 1989. 62 p;

IAPAR, Técnicas de Herborização, Miscelânea no 01, Fevereiro/81;

HDCF- http://w3.ufsm.br/herbarioflorestal, Acesso em 28/11/2011.



sábado, dezembro 03, 2011 0 comentários By: Lorena Benck

Estrutura da Semente Madura: EMBRIÃO.

     O zigoto esporófito (2n), resultante da fusão da célula espermática e a oosfera, inicia o processo de divisão celular para formar o proembrião e o embrião. A fase de proembrião estende-se desde a primeira divisão do zigoto ate o inicio da formação do(s) primórdio(s) cotiledonar(es), (Souza,2009). A próxima fase é denominada fase embrionária, terminando com a formação do embrião da semente madura.

     O embrião é a parte principal da semente e é responsável pela origem de um novo vegetal quando há germinação da semente, podendo apresentar formato variável sendo: reto, curvo, globoso, arredondado, entre outros.

     Algumas espécies podem apresentar poliembrionia, fenômeno em virtude da qual se forma mais de um embrião (Font Quer, 1953). Segundo Perreira (1925), estes embriões originam-se de vários óvulos fecundados simultaneamente ou são resultados de multiplicações celulares localizadas produzidas depois da fecundação – são embriões adventícios situados nas proximidades do saco embrionário e formados às custas de grupos nucelares com o caráter de rebentos.

      O embrião é formado por folhas ligadas ao eixo embrionário, denominadas cotilédones. Essas folhas podem ser espessas, com função de reserva, ou delgadas, com função fotossintetizante com diferentes formatos, como: cordiforme, oblongo, lanceolado, ovado ou outros (Souza, 2003). De acordo com Vidal & Vidal (2007), embriões com dois cotilédones caracterizam o grupo de plantas dicotiledôneas, e os embriões com um cotilédone, o de plantas monocotiledôneas. 
Fonte: http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-germina-ccedil-atildeo-da-semente-do-feij-atildeo-image6647470
            http://304turma.blogspot.com/2010/07/morfologia-das-angiospermas_14.html

      O eixo embrionário é dividido em duas regiões, uma logo abaixo do nó cotiledonar (ponto onde se liga o cotilédone) e a outra, cima desse nó. Segundo Souza (2003) na região abaixo do nó cotiledonar, o eixo é formado pelo hipocótilo e pela radícula quando há distinção morfológica entre essas estruturas, ou então, pelo eixo hipocótilo-radicular quando elas formam um eixo único; a radícula ou pólo radicular origina a raiz primária; e no outro extremo do eixo embrionário ocorre o epicótilo, considerado o primeiro entrenó do embrião, e a plúmula ou gêmula, considerada a gema embrionária que origina o caule e as folhas da planta.
Fonte: http://www.clickescolar.com.br/page/79

      Nas espécies pertencentes á família Poaceae, monocotiledôneas, como Zea mays (milho) e Triticum vulgare (trigo), dentre outras, o embrião tem morfologia e terminologia especiais, onde o cotilédone é chamado de escutelo fazendo referencia ao seu formato de pequeno escudo; a plúmula é envolvida e fica protegida dentro da semente por uma bainha fechada denominada coleóptilo (coleo = bainha; ptilo = plúmula); e a radícula também fica envolvida por uma bainha denominada coleorriza (rizo = raiz) (Souza, 2003).

 Fonte: http://accbarroso60.wordpress.com/2011/03/02/botanica-plantas/
Fonte:
FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Ed. Labor, 1953. 1244p. il. 
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/Anatomia_Fernando.pdf 
PEREIRA, Lafayette R. Botânica - 2’ Ed. Rio de Janeiro, 1925. 667p.
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il.
SOUZA, L. A. Sementes e Plântulas – germinação, estrutura e adaptação. Ponta Grossa: Editora TODAPALAVRA, 2009. 279p.il. 
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.
sexta-feira, dezembro 02, 2011 0 comentários By: Micheli Gabardo

Metodologia de montagem de exsicatas




Transferência das plantas para a prensa


Deve-se ter o máximo de cuidado, evitando amarrotamentos, folhas pequenas e dobradas, flores muito escondidas. A organização do material para desidratação inicia-se dispondo, em uma superfície plana, um dos lados da prensa, depois uma folha de papelão, um corrugado, mais um papelão, depois a amostra em jornal, uma folha de papelão, um corrugado, um papelão, outra amostra, daí em diante seguindo a mesma sequência de material. No final da pilha, geralmente de quatro palmos de altura, colocar o outro lado da prensa, apertando-a ao máximo possível, com auxilio da corda ou cinto de lona. As partes da pilha devem ficar dispostas de modo que as amostras e corrugados, fiquem entre as folhas de papelão.


Fonte: copyright Lucélia Pombeiro e Teresa Nogueira INETI - DTIQ.

O material após ser colocado na prensa deve ser seco, ao calor do sol ou em estufa artificial. O tempo de secagem depende do tipo de material e método a ser utilizado, em geral 10 a 12 horas são suficientes dependendo da temperatura (aproximadamente 45ºC). Deve-se ter cuidado pois o material não deve ficar por muito tempo na prensa , pois pode ficar muito seco e quebradiço.

Montagem e conservação das exsicatas


O material estando seco, a exsicata será montada em cartolina no tamanho 26 x 42 cm, o qual será conservado no herbário. Como unicata, portadora de etiqueta com todos os dados da ficha de coleta e as duplicatas serão montadas em papel jornal, as quais, depois de identificadas serão permutadas ou doadas com instituições congêneres.
Para a montagem o material é preso com papel gomado, método prático e rápido, que apresenta boas condições, porém seria ideal prender com linha em forma de costura.
    As informações de coleta devem constar em uma etiqueta, afixada no canto inferior direito da cartolina.

 
Fonte:morsejunior.blogspot.com


Observação: é prudente fazer o tratamento das exsicatas, antes de inseri-las na coleção, para evitar a contaminação do acervo. A forma mais prática é por meio do congelamento, por um período de sete dias, quando for utilizado freezer comum. Pode-se fazer uso de Gastoxin a base de fosfina, seguindo as determinações técnicas, de uma empresa especializada. A coleção deve ser conservada a uma temperatura média de 18-23º C e umidade a 40 - 60 % diariamente.


          Exsicata destruída por insetos
Fonte: HUPG by Micheli Gabardo

Insetos encontrados no acervo
Fonte: HUPG by Micheli Gabardo.






Referências


Acervo HUPG, Herbário da Universidade Estadual de Ponta Grossa http://aulasdebotanica.blogspot.com/p/hupg.html

IAPAR, Técnicas de Herborização, Miscelânea no 01, Fevereiro/81.

CIÊNCIA VIVA- http://www.cienciaviva.pt/projectos/pulsar/herbario.asp, Acesso em 12/11/2011.

GRACIALDA DA COSTA FERREIRA, Diretrizes para coleta, herborização, e identificação de material botânico nas parcelas permanentes em florestas naturais da Amazônia brasileira. Manaus, 2006.

MORSE JUNIOR- http://morsejunior.blogspot.com/2009/04/cuidados-na-preparacao-de-uma-exsicata.html, Acesso em 12/11/2011.