domingo, fevereiro 26, 2012 0 comentários By: Lorena Benck

Stefano Mancuso: A raíz da inteligência das plantas


     Plantas se comportam de maneira surpreendentemente inteligente: lutam com predadores, maximizam oportunidades de encontrar alimento... Mas podemos pensar que as plantas também possuem sua forma de inteligência? O botânico Stefano Mancuso apresenta intrigantes evidências a favor.

     Este vídeo tem cerca de 00:13:50 minutos de novas percepções sobre os comportamentos das plantas, algo impressionante que vale muito a pena assistir e que vai mudar sua maneira de pensar!!!



sábado, fevereiro 25, 2012 0 comentários By: Lorena Benck

Frutos Simples, Secos e Deiscentes.

     São frutos simples que apresentam pericarpo com reduzido teor de água na maturidade. O pericarpo abre-se também quando maduro, mediante fendas transversais, longitudinais ou irregulares, expondo as sementes (Souza, 2003).

     De acordo com Vidal & Vidal (2007), temos os seguintes tipos de frutos: 

Folículo: univalvo, com uma deiscência longitudinal, monocárpico, geralmente polispérmico. Cada carpelo forma um fruto isolado que se abre por uma fenda ventral. Ex: magnólia , chicha. 

Legume: consta de um único carpelo bivalvo, com duas deiscências longitudinais, geralmente polispérmico. Ex: feijão, xiquexique. 

Síliqua: fruto capsular bivalvo, com quatro deiscências longitudinais, abrindo-se de baixo para cima, sincárpico, geralmente polispérmico. Difere da vagem por ser formada por dois carpelos, separados por um septo, no qual estão as sementes. Ex: mostarda, couve. 

     Souza (2003) descreve que, de acordo com o número de carpelos e o tipo de abertura ou deiscência, esses frutos podem ser classificados em vários subtipos, sejam eles: 

UNICARPELARES:

Legume: fruto simples, seco, unicarpelar, uniloculado, pluri ou unispérmico (muitas ou uma semente), com deiscência biscida (abre-se por duas fendas longitudinais, ao longo da sutura ventral e da nervura dorsal), bivalvo. É o fruto típico das espécies da família Fabaceae, como se observa em Leucaena glauca (leucena) e Acacia panículata (unha-de-gato). 

Folículo: fruto simples, seco, unicarpelar, uniloculado, uni ou plurispérmico, deiscente por uma única fenda, ao longo da sutura ventral ou da nervura dorsal, univalvo. São exemplos os frutos de Sterculia chicha (chichá), Consolida ajacis (esporinha), etc. 

Utrículo: fruto simples, seco, unicarpelar, uniculado, unispérmico, com deiscência irregular, longitudinal ou transversal. É exemplo o fruto de Chenopodium ambrosioides (erva-de-santa-maria). 

PLURICARPELARES:

Síliqua: fruto simples, seco, proveniente de ovário súpero, bicarpelar, com os dois carpelos unidos em todo o contorno pela placenta (replum), plurispérmico, eventualmente unispérmico, com deiscência longitudinal (duas fendas), placentífraga. O replum é persistente e pode ser aberto, como nas espécies de Chelidonium e Cleome, ou apresentar-se com membrana totalmente fechada, observado em espécies de Arabis e Lunaria, ou fenestrado, como em Cochlearia. O fruto ocorre nas famílias Brassicaceae, Papaveraceae e Capparidaceae. 

Cápsula: fruto simples, seco, proveniente de ovário súpero ou ínfero, pluricarpelar e plurispérmico. Abre-se por fendas longitudinais e conforme a localização das fendas é subdividida em outros tipos de cápsulas. 

Opecarpo: fruto simples, seco, proveniente de ovário súpero ou ínfero, pluricarpelar, uni ou plurilocular, plurispérmico e com deiscência por meio de poros, os quais têm número, forma e localização predeterminados e constantes. Ocorrem espécies de Reseda, Antirrhinum e Campanula, e em Papaver orientale (papoula-oriental). 

Pixídio: fruto simples, seco, proveniente de ovário súpero ou ínfero, bi ou pluricarpelar, uni ou plurilocular, plurispérmico; abre-se por fenda transversal na região superior do fruto, liberando um opérculo ("pequena tampa"). São exemplos os frutos de Lecythis pisonis, Plantago major, etc. 

Fontes:
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il. 
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il. 
http://docentes.esa.ipcb.pt/lab.biologia/disciplinas/botanica/morfologia.html
http://www.ufpe.br/taxonomia/Aula_Frutos_e_Sementes.pdf
domingo, fevereiro 19, 2012 0 comentários By: Micheli Gabardo

Herbário da Universidade de Harvard



     O Herbário da Universidade de Harvard , com mais de 5.000 mil exemplares, é um dos 10 maiores herbários do mundo em número de espécimes. 

     O Herbário da Universidade de Harvard está entre algumas das milhares de coleções de espécimes de plantas secas em todo o mundo que são utilizados por pesquisadores para promover o conhecimento sobre as plantas. Alguns dos primeiros herbários foram fundados na Europa no início dos anos 1600, durante os dias de exploração, quando o conhecimento da flora da Terra estava crescendo a um ritmo tão rápido que os jardins botânicos já não podiam manter exemplos vivos de todas as espécies conhecidas. Existem atualmente coleções de herbário de todos os tamanhos, há menos de 75 herbários em todo o mundo com mais de um milhão de exemplares. 

     Coleções de herbário têm sido construídas ao longo dos anos pelos esforços dos botânicos e coletores de plantas que têm procurado a partir de selvas remotas e isoladas até lotes residuais no interior da cidade, trilhos de trem com o objetivo de documentar a diversidade e distribuição da flora da Terra. Representantes da maioria das espécies conhecidas de plantas podem ser encontradas em herbários hoje, cuidadosamente montadas em folhas de papel de qualidade de arquivo, rotulado com informações importantes sobre eles, e armazenados em prateleiras em armários. Em essência, um herbário é análogo a uma biblioteca de plantas cuidadosamente preservado, onde os espécimes e os rótulos que lhes estão associados fornecem uma riqueza de informações, uma vez que foram "vistos" e estudados por cientistas. 

     O herbário abriga a documentação da flora do mundo; os espécimes são a chave para a compreensão e das relações de plantas, distribuição geográfica, utilidade econômica, até mesmo sua composição molecular. Como perdemos habitats naturais em todo o mundo, herbários servem cada vez mais como um registro da história recente da vida da planta, e como um repositório de informação genética precioso. Herbários seguram as ferramentas para a nossa compreensão do mundo das plantas.

Referências 

Imagem (fonte) -http://www.huh.harvard.edu/collections/whatis.html. Acesso em 21/01/2012.
sábado, fevereiro 18, 2012 0 comentários By: Lorena Benck

Partenocarpia.

     Font Quer (1953) afirma como sendo um fenômeno onde há a formação dos frutos sem a prévia fecundação dos gametas femininos pelos masculinos; os rudimentos seminais, portanto, não transformam sementes ou quando ocorre as sementes são vazias ou estéreis. A partenocarpia pode ser autônoma ou vegetativa, ocorrendo sem qualquer estímulo ou estimulada, quando se exige certa excitação do estigma pelo pólen (que não consegue fertilizar os rudimentos seminais) ou infecções fúngicas, parasitas ou através de outros estímulos.

    Diversos fatores podem influenciar na formação de frutos partenogenéticos, como: condições de temperatura, polinização por uma espécie geneticamente distante, propensão à poliembrionia, etc. Experimentalmente, a partenogênese tem sido conseguida de várias formas, porém, segundo Chiarugi (1936), o melhor método para a indução da partenogênese haplóide é a polinização por uma espécie geneticamente distante, capaz de induzir partenocarpia, mas não fertilização. 

     Segundo Vidal & Vidal (2007), partenocarpia compreende ao desenvolvimento do fruto sem que haja fecundação, onde os frutos das gimnospermas não são classificados como verdadeiros frutos, e daí não estarem incluídos aqui. Se os considerássemos como tais, seriam classificados como infrutescências: gálbula (ciprestes) e estróbilos (pinheiros). 

    Mendes (1946) define a partenogênese como sendo o processo pelo qual um embrião se desenvolve de uma oosfera haplóide ou diplóide sem qualquer fusão de núcleos ou de células, tem sido constatada nas mais diversas plantas que, normalmente, se reproduzem por via sexuada e onde, portanto, a meiose e a fertilização são ocorrências normais.

Fontes:
CHIARUGI, A. La partenogenesi nelle piante superiori e la sua importanza per le indagini sulla loro constituzione genética. Boll. Soc. Ital. Biol. Sper., 9: 1182-1207. 1934. Cit. Em The Experimental Production of Haploids and Polyploids. Imperial Bureau of Plant Genetics. 28 pgs. 1936. 
FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Ed. Labor, 1953. 1244p. il. 
MENDES, A. J. T. Partenogênese, partenocarpia e casos anormais de fertilização em Coffea. Bragantia [online]. 1946, vol.6, n.6, pp. 265-272. ISSN 0006-8705. 
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.
sexta-feira, fevereiro 17, 2012 0 comentários By: Lorena Benck

JONATHAN DRORI: Cada grão de pólen tem uma história.



     O pólen passa incógnito por muitos de nós, exceto os que têm alergias. Mas microscópios revelam que ele se apresenta em surpreendentes cores e formas. Jonathan Drori nos apresenta uma visão ampliada destes fascinantes flocos do flerte entre plantas.

     Este vídeo tem duração de 7:14 minutos e apresenta imagens impressionantes sobre os pólens, vale muito a pena assistir!!!

     Aproveitem...

Endereço vídeo de apresentação:
http://www.ted.com/talks/jonathan_drori_every_pollen_grain_has_a_story.html
domingo, fevereiro 12, 2012 0 comentários By: Micheli Gabardo

Herbário da Universidade de Coimbra



     O Herbário do Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra (sigla internacional: COI) possui uma coleção de cerca de 700.000 exemplares (isto é, folhas de herbário) , ou seja é a maior do país e a segunda maior da Península Ibérica. O Herbário e o Departamento de Botânica de que faz parte estão alojados no edifício que foi o Colégio de São Bento (séc. 16). Júlio Henriques, diretor do Jardim Botânico nos séc. 19-20, iniciou o Herbário o qual, à altura da sua aposentação (1918), tinha já dimensões consideráveis. A atual disposição e organização do Herbário foram dadas por Abilio Fernandes nos anos 1943-60 em duas áreas disjuntas do Colégio de São Bento onde está alojado o Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra.


Fonte: http://www.uc.pt/herbario_digital/herb_uc

O Herbário COI é constituído por :

1. a maior coleção em Portugal de plantas do mundo;
2. plantas Africanas (ex-colónias e outros países), coleção especialmente valiosa;
3. de longe a maior coleção de material de herbário de Portugal Continental;
4. Herbário histórico de Moritz Willkomm (1821-1895), professor em Praga, coautor da primeira Flora da Península Ibérica, só agora atualizada com a publicação da obra Flora ibérica editada em Espanha. Esta coleção, conservada numa sala separada, é particularmente valiosa pelo número de exemplares tipo que possui;
5. coleção de Crytogamia especialmente valiosa pelos seus Fungos e Líquens pois possuímos um número apreciável de exemplares tipo;
6. coleção valiosa de duplicados para troca de material com as melhores instituições estrangeiras da especialidade;
7. herbários históricos sob a forma encadernada;
8. coleção única e histórica de Rubus do especialista Henri Sudre (1862-1918) no qual baseou a sua obra Rubi europae (1908-1913);
9. um Seminário (coleção botânica de sementes) de 3072 espécies, todas identificadas;
10. uma coleção carpológica (de frutos) complementar a muitos exemplares de herbário. 

     Além disso o herbário também disponibiliza o que é chamado de herbário online, no qual encontramos dispostos muitos exemplares para consulta, alguns dos quais também possuem foto. Em que encontramos 34210 exemplares disponíveis, dos quais apresentam 1279 imagens disponíveis.

Vídeo de apresentação do Herbário.


Referências: 

Herbário da Universidade de Coimbra- http://www.uc.pt/herbario_digital/herb_uc , Acesso em: 09/01/2012. 

Vídeo de apresentação - http://www.youtube.com/watch?v=MCb1NzEE0oE&feature=player_embedded Acesso em : 09/01/2012.

sábado, fevereiro 11, 2012 3 comentários By: Lorena Benck

CLASSIFICAÇÃO DE FRUTOS - Quanto ao número de ovários de origem.

     De acordo com Vidal & Vidal (2007), podem ser divididos nos seguintes grupos de acordo com o números de ovários de origem: 

FRUTOS SIMPLES: resultam de um ovário apenas, de uma só flor (seja monocárpicos ou sincárpicos). Podem ser secos ou carnosos, uni a multicarpelares, deiscentes ou indeiscentes. Ex: legume (monocárpico), hesperídeo (sincárpico).

FRUTOS MÚLTIPLOS: ou agregados, resultam dos diversos ovários de uma flor dialicarpelar (apocárpicos). Cada ovário originando um aquênio ou uma drupa ou um folículo etc, ex: framboesa, morango.

FRUTOS COMPOSTOS: ou infrutescências, resultam da concrescência dos ovários das flores de uma inflorescência, ex: abacaxi.

     Classificação segundo Souza (2003):

FRUTOS SIMPLES (eucarpo de Hertel, 1959): classe de frutos unicarpelares ou plurigamocarpelares (gineceu sincárpico) das Magnoliophyta (Angiospermae), originados somente do ovário das flores. As flores que originam os frutos simples podem estar isoladas ou reunidas em inflorescências, o que não impede o desenvolvimento individual e independente de cada fruto. Há plantas que possuem inflorescência com muitas flores, que originam um ou dois frutos por inflorescência, como em Acacia paniculata (unha-de-gato).

FRUTOS MÚLTIPLOS (telocarpo de Hertel, 1959): classe de frutos de Magnoliophyta (Angiospermae) provenientes de inflorescências. São originados de ovários, de outras partes florais e do eixo da inflorescência, que pode tomar-se expandido e suculento. Os frutos múltiplos são também denominados infrutescências. São exemplos: Morus nigra (amora), Fícus carica (figo), Ananas sarivus (abacaxi) e  Artocarpus heterophyllus  (jaca).

FRUTOS AGREGADOS (paracarpo de Hertel, 1959): classe de frutos de Magnoliophyta (Angiospermae) oriundos de uma única flor com gineceu apocárpico ou pluridiacarpelar. Os carpelos livres, pertencentes à mesma flor, formam “frutéolos", que permanecem reunidos no receptáculo floral, geralmente desenvolvido. Os “frutéolos” são sempre provenientes de ovários súperos ou, pelo menos, livres. São exemplos os frutos de Aspidosperma pobmeuron (peroba-rosa) e Fragaria vesca (moranguinho).

ESQUIZOCARPOS (schizein = fender; karpos = fruto): classe de frutos bicarpelares ou pluricarpelares de Magnoliophyta (Angiospermae) originados somente do ovário das flores. Apresentam apenas uma semente por lóculo ou carpelo. Decompõem-se em fragmentos designados mericarpos (meti = parte, pedaço) cada um dos quais corresponde a um carpelo. Os mericarpos podem ser deiscentes ou indeiscentes na maturidade. 


Observação:

     Frutos agregados e frutos mútiplos são um conjunto de frutos simples, que podem ser identificados individualmente, de acordo com suas características.

     Os frutos que não se originam do crescimento do ovário, mas derivam do desenvolvimento de estruturas como o hipanto (maçã), bem como o conjunto de frutos que forma os frutos múltiplos e os agregados, costumam ser chamados de pseudofrutos.

Fontes: 
HERTEL, R.J.G. Contribuição para a fitologia teórica. II. Alguns conceitos na carpologia. Humanistas, Curitiba, 1959. 
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il. 
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.

http://www.professores.unisanta.br 
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal12.php
quarta-feira, fevereiro 08, 2012 0 comentários By: Micheli Gabardo

Cursos promovidos pelo INCT-Herbário Virtual

Caros Leitores,

Informamos nova oferta de cursos promovidos pelo INCT-Herbário Virtual

1) “Diversidade e taxonomia das Lycopodiaceae Neotropicais”.

O Dr. Benjamin Oellgaard, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade de Aarhus, Dinamarca, estará visitando o Jardim Botânico do Rio de Janeiro no período de 31 de janeiro a 01 de março de 2012 e na oportunidade vai ministrar uma disciplina para a pós-graduação, durante uma semana (a ser definida).

2) “Ecological, taxonomic and molecular aspects of the mycorrhizal symbiosis”.

 A Dra. Paula Bonfante, do Dipartimento di Biologia Vegetale dell’Università de Torino, Itália, visitará o Departamento de Micologia da UFPE no período de 04 a 19 de fevereiro d e 2012 e de 07 a 10 ministrará uma disciplina para a pós-graduação.

3) “Diatomeas (Chromalveolata, Heterokontophyta) comunes en agua dulce: introducción a su taxonomía y ecología”.

O Dr. Eduardo Morales, Curador do Herbário de Criptógamos da Universidad Catolica Boliviana (Cochabamba, Bolívia) e Pesquisador do Patrick Center for Environmental Research, The Academy of Natural Sciences (Philadelphia, Pennsylvania, USA) vai ministrar curso para a pós-graduação no Museu
Nacional, RJ, no período de 05 a 18 de março de 2012. Taxa: R$ 150,00 para cobrir parte dos gastos de microscopia eletrônica.


Maiores informações no site do INCT - Herbário Virtual da Flora e dos
Fungos (http://inct.florabrasil.net/)
segunda-feira, fevereiro 06, 2012 0 comentários By: Lorena Benck

Cipsela ou Aquênio?

     Há várias décadas, pesquisadores renomados da área de Botânica em âmbito mundial, caem em contradição quando o assunto se refere à classificação botânica de frutos da familia Asteraceae, sendo a pergunta mais frequente: Cipsela ou Aquênio? 

     Porém,  mesmo sendo muito confundido entre um e outro, os frutos cipsela e aquênio possuem as suas diferenças. 

     Após serem feitos análises históricas e anatômicas com os dois frutos, os pesquisadores concluíram que há fundamentos técnicos para considerar a cipsela e o aquênio como diferentes tipos de frutos, já que os aquenios são formados apenas a partir de ovários súperos caracterizando Plumbaginaceae e a cipsela originária de ovários ínferos considerada uma Asteraceae. 

     Sendo assim, não há mais como fazer o uso indiscriminado dos termos já que existem argumentos que justifiquem a adoção de um termo em detrimento do outro e, sendo a diferença básica morfológica relacionada com a posição do ovário, uma característica facilmente observada mesmo em frutos maduros.

Fonte: foto cedida pela Prof. Dalva Cassie Rocha.

Fonte: foto cedida pela Prof. Dalva Cassie Rocha.
(1) Papus, vestígios do cálice floral que são transformados em estruturas filiformes e auxiliam na dispersão anemocórica dos frutos.

     Para mais informações, disponibilizaremos logo abaixo o link do artigo científico ``Cipsela ou Aquênio? Delimitação terminológica considerando aspectos anatômicos e históricos``, que trás as diferenças mais aprofundadas entre esses dois tipos de frutos:


Fonte:
Marzinek, J., Paula, O. C., Oliveira, D. M. T. Cipsela ou Aquênio? Delimitação terminológica considerando aspectos anatômicos e históricos. Rev. bras. Bot. vol.31 no.3. São Paulo, Julho/Setembro de 2008.
domingo, fevereiro 05, 2012 0 comentários By: Micheli Gabardo

Fototeca



     A Fototeca reúne uma coleção de fotografias de plantas com valor histórico, por ser tipo nomenclatural ou estar citado nos trabalhos clássicos do século passado. 

     Como exemplo de Fototeca temos a fototeca do Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro onde está representada por 9.000 fotos de Tipos Nomenclaturais e de coleções históricas que ilustram a flora brasileira, as quais encontram-se depositadas nos diversos herbários do mundo, em especial nos da Europa. 

     Além disso os herbários tendem a armazenar fotos do seu acervo, muitas das quais encontram-se disponíveis ao publico em alta definição, para evitar assim o contato manual com o acervo, o que evita muitas vezes a contaminação do material. 

     Temos os chamados herbários virtuais, por meio dos quais podemos consultar parte do acervo. Como exemplo de um herbário virtual em funcionamento podemos citar o Herbário virtual da Universidade de Coimbra, a qual disponibiliza em forma de pesquisa as informações sobre as exsicatas de seu acervo.


     Como resultado da pesquisa feita no site obtemos as seguintes informações referentes a foto acima, Taxon name: Alisma plantago-aquatica, Barcode: 30746, Collector: Tavares, J. Collector number: s.n, Date: 1905/07/00. Apesar de o herbário disponibilizar as informações das plantas, nem todas possuem a imagem também disponível.




Referências 

Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro-http://www.jbrj.gov.br/colecoes/herbario/index.htm. Acesso em 20/01/2012.

Herbário virtual da Universidade de Coimbra- http://www.uc.pt/herbario_digital/herbarioonline/herbario_online, Acesso em 05/01/2012.


sábado, fevereiro 04, 2012 0 comentários By: Lorena Benck

CLASSIFICAÇÃO DE FRUTOS - Quanto ao número de carpelos.

     Classificação de Vidal & Vidal (2007) quando ao número de carpelos num fruto: 

1) Monocárpicos- provenientes de gineceu unicarpelar, ou seja, formado por um único carpelo que dará origem a um único fruto por flor;

2) Apocárpicos- provenientes de gineceu dialicarpelar, ou seja, formado por diversos carpelos livres que dará origem a diversos frutos em uma mesma flor;

3) Sincárpicos- provenientes de gineceu gamocarpelar, ou seja, formado por diversos carpelos fundidos que dará origem um único fruto;

     Segundo Souza (2003), temos os seguintes exemplos de frutos seguindo a classificação anterior:


1) Unicarpelares:


   Legume - fruto simples, seco, unicarpelar, uniloculado, pluri ou unispérmico (muitas ou uma semente), com deiscência biscida (abre-se por duas fendas longitudinais, ao longo da sutura ventral e da nervura dorsal), bivalvo. É o fruto típico das espécies da família Fabaceae.

   Folículo - fruto simples, seco, unicarpelar, uniloculado, uni ou plurispérmico, deiscente por uma única fenda, ao longo da sutura ventral ou da nervura dorsal, univalvo.

   Utrículo – fruto simples, seco, unicarpelar, uniculado, unispérmico, com deiscência irregular, longitudinal ou transversal.


2) Pluricarpelares:

   Síliqua - fruto simples, seco, proveniente de ovário súpero, bicarpelar, com os dois carpelos unidos em todo o contorno pela placenta (replum), plurispérmico, eventualmente unispérmico, com deiscência longitudinal (duas fendas), placentífraga. O replum é persistente e pode ser aberto, como nas espécies de Chelidonium e Cleome, ou apresentar-se com membrana totalmente fechada, observado em espécies de Arabis e Lunaria, ou fenestrado, como em Cochlearia. O fruto ocorre nas famílias Brassicaceae, Papaveraceae e Capparidaceae.

   Cápsula - fruto simples, seco, proveniente de ovário súpero ou ínfero, pluricarpelar e plurispérmico. Abre-se por fendas longitudinais. Conforme a localização das fendas, a cápsula é classificada em: 

--- Cápsula loculicida - a fenda se produz ao longo da nervura mediana (linha dorsal); cada valva representa a placenta de dois carpelos e é ladeada por duas metades de carpelos contíguos; 

--- Cápsula septicida - a fenda se produz ao longo da sutura ou da linha de união dos carpelos (linha ventral); a valva corresponde a um carpelo completo; 

--- Cápsula septífraga - a deiscência se caracteriza fundamentalmente pelo fato de os septos serem divididos longitudinal e transversalmente em duas porções: uma interna (junto à columela) e outra externa (junto à parede do fruto). É um caso raríssimo e ocorre apenas em algumas Ericaceae; 

--- Cápsula mista ou biscida - é comum ocorrerem entre as cápsulas dois tipos de deiscência, de modo concomitante ou consecutivo. Assim, registram-se combinações entre loculicida e septifragia. 

   Opecarpo - fruto simples, seco, proveniente de ovário súpero ou ínfero, pluricarpelar, uni ou plurilocular, plurispérmico e com deiscência por meio de poros, os quais têm número, forma e localização predeterminados e constantes. 

   Pixídio - fruto simples, seco, proveniente de ovário súpero ou ínfero, bi ou pluricarpelar, uni ou plurilocular, plurispérmico; abre-se por fenda transversal na região superior do fruto, liberando um opérculo ("pequena tampa").




Fonte:
SOUZA, L. A. Morfologia e anatomia vegetal: célula, tecidos, órgãos e plântulas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2003. 259p.il. 
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il. 
http://www.universitario.com.br/celo/topicos/subtopicos/botanica/anatomia_vegetal/flor/flor.html
http://docentes.esa.ipcb.pt/lab.biologia/disciplinas/botanica/morfologia.html

quarta-feira, fevereiro 01, 2012 0 comentários By: Anônimo

Como Comentar em Postagens

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