Segundo Font Quer (1953), disseminação ou dispersão refere-se à ação da distribuição no solo de sementes, esporos, etc, de determinada espécie vegetal.
Chama-se disseminação ou dispersão ao conjunto dos processos que possibilitam a fixação de indivíduos de uma espécie num local diferente daquele onde viviam os seus progenitores. Estes processos permitem que a espécie continue a aumentar a sua abundância sem estar dependente dos recursos existentes na sua área e determinam a biogeografia do mundo.
O processo de dispersão de sementes é fundamental na regeneração de áreas desmatadas, pois através dele sementes de plantas pioneiras podem chegar a clareiras e demais áreas abertas em florestas, dando início ao processo de sucessão ecológica.
De acordo com Vidal & Vidal (2007), existem os seguintes tipos de disseminação de sementes:
1) Antropocoria: quando é feita pelo homem, acidental ou espontaneamente.
2) Zoocoria: quando feita com auxílio dos animais. Caracteres: frutos e sementes com pelos e espinhos que aderem ao corpo dos animais. Ex.: carrapicho, picão e carrapicho-de-carneiro. Outras vezes, são ingeridas por aves, macacos e outros animais, sendo as sementes disseminadas junto com as fezes. Ex.: erva-de-passarinho.
3) Anemocoria: quando feita com auxílio do vento.
Caracteres: sementes e frutos leves ou minúsculos. Ex.: sementes de orquídeas. Outras podem ter expansões aliformes: pente-de-macaco, ou pêlos com aspecto de pára-quedas: paineira, oficial-de-sala e língua-de-vaca.4) Hidrocoria: quando feita com auxílio da água.
Caracteres: sementes e frutos com cutícula impermeável. Ex.: coco. É comum apresentarem flutuadores especiais, como tecido esponjoso ou sacos aeríferos. Ex.: Hernandia guianensis (ventosa) e pinheirinho-d’água.5) Autocoria: quando feita pelo próprio vegetal.
Caracteres: frutos que se abrem com grande pressão, lançando as sementes à distância. Ex.: beijo-de-frade.6) Barocoria: quando feita pela ação da gravidade.
Caracteres: sementes ou frutos pesados. Ex.: abacate.7) Geocarpia: quando os pedúnculos, após a fecundação, enterram no solo os próprios frutos, onde amadurecem. Ex.: amendoim.
Fontes: http://www.lygeum.es/?p=407; http://grupo-nativa.blogspot.com/2010/07/um-breve-resumo-sobre-dispersao-de.html; http://lagartoleta.blogspot.com/2009/11/anemocoria.html; http://dani-maggioni.blogspot.com/2010/09/agua-de-coco-devolve-o-brilho-aos.html; http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-vagem-de-ervilha-image5595200; http://belezadacaatinga.blogspot.com/2011/11/coqueiro-cocos-nucifera.html; http://publicarparapartilhar.blogspot.com/2008/05/acepipe-amendoim.html.
Fontes:
FONT QUER, P. Diccionario de Botánica. Barcelona: Ed. Labor, 1953. 1244p. il.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica – organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos – 4ª Ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.124p. il.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24831
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/artigos/dispersao_de_sementes_e_a_fertilizacao_das_florestas.html?query=dispersao+de+sementes
3 comentários:
Este blog está espectacular!!!!
este blog está espectacular!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Muito obrigada e continue nos acompanhando!!!
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.