Texto produzido pelos alunos 1a. série - Agro 2012
Eduard Alberto Dijkstra
Jasper Kevin Slob
Hendrik Albert Barkema
Maiquel Alberts
Ferrugem da soja
A ferrugem-da-soja e/ou ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi,
foi descrita pela primeira vez no Japão, em 1902 e, em 1914, já havia
se espalhado por diversos países do sudeste da Ásia. Na América, o
primeiro registro ocorreu em Porto Rico, em 1976. Na América do Sul o
primeiro registro ocorreu em 2001, atingindo também lavouras no Paraguai
e no Brasil, e também em plantas voluntárias. A ferrugem-asiática já
foi registrada no continente africano, asiático, australiano e americano
(Yorinori et al., 2002 e 2005).
Taxonomia: O fungo pertence ao Reino Fungi, Divisão Basidiomycota, Classe Urediniomycetes, Sub-classe Incertae sedis, Ordem Uredinales, Família Phakopsoraceae, Gênero Phakopsora e Espécie Phakopsora pachyrhizi (Index Fungorum, 2010; Kirk et al., 2001).
Sintomatologia: Provoca uma ferrugem de coloração pulverulenta marrom em soja e outras leguminosas, produzindo urédia em formato de cópula localizada na parte abaxial da folha (Fig. 1LI) (Anahosur & Waller, 1990).
É bastante semelhante a
ferrugem americana. Pode aparecer em qualquer estádio de
desenvolvimento em cotilédones, folhas e hastes, sendo os sintomas nas
folhas os mais característicos da doença.
Nas folhas observa-se
minúsculos pontos mais escuros do que o tecido sadio da folha, e pode
possuir coloração esverdeada a cinza-esverdeada, com correspondente
protuberância (urédio)
localizada na face abaxial da folha. As folhas infectadas amarelam,
secam e caem prematuramente, causando abortamento de flores e vagens e
deficiência na granação. Quanto mais cedo ocorre a desfolha, menor será o tamanho dos grãos e maior a perda do rendimento e da qualidade (Almeida et al., 2005).
Epidemiologia: O fungo P. pachyrizi é
um parasita obrigatório. A perpetuação do fungo depende de hospedeiros
alternativos existentes em grande quantidade na natureza, cerca de 95 espécies em 42 gêneros da família Fabaceae são relatados como hospedeiros (Zambolim, 2006). Essa espécie de ferrugem pode infectar os seguintes gêneros de plantas hospedeiras:Calopagonium sp., Erythrina sp., Centrosema sp., Glycine sp., Lablab sp., Pachyrhizus sp., Phaseolus sp., Physostigma sp., Pueraria sp., Teramnus sp., Vigna sp. (Anahosur & Waller, 1990).É
mais difícil se encontrar a doença em plantas que se localizam em áreas
mais secas devido a necessidade de molhamento de 6 a 12 horas na
superfície da folha, a temperatura ideal para a expansão do fungo é de 20ºC.
Controle: A
existência de raças dificulta o controle através da resistência
vertical, sendo o controle químico a ferramenta mais viável atualmente
para evitar perdas pela ferrugem. Os fungicidas dos grupos triazóis e estrobilurinas
têm - se mostrado mais eficientes para controle da doença, com
diferença na eficiência curativa entre princípios ativos dentro de cada
grupo. Além do controle químico, é importante considerar o manejo da
cultura, devendo-se evitar a semeadura da soja na época mais favorável à
doença, selecionar variedades mais precoces e, fundamentalmente, fazer o
levantamento periódico da lavoura para detectar a ocorrência da doença
no seu início (Almeida et al., 2005).
Fonte: http://www.interural.com/interna.php?referencia=revistas&materia=135
Referências bibliográficas:
- http://agronomos.ning.com/forum/topics/ferrugem-asiatica-da-soja
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